O campo está cada vez mais conectado e se valendo da tecnologia para aumentar a produtividade e a eficiência dos produtores e das propriedades. Pensando nisso, o Universo Pecuária 2024 conta com um espaço totalmente dedicado à inovação e à troca de informações entre empresas e startups, além de uma ampla programação de conteúdos. Quem circula pelo Sindicato Rural de Lavras do Sul, onde a feira acontece até o dia 3 de novembro, encontra rapidamente empreendedores do Rio Grande do Sul e de outros estados na Arena Inovação.
"Aqui fazemos rodadas de pitch e de negócios. Dentro de uma arena de inovação, as empresas começam a respirar esse ecossistema, que, muitas vezes, é novo para elas e para muitos produtores rurais", explicou Marcio Silva, coordenador de projetos do Sebrae RS para a região da Campanha e Fronteira Oeste. Durante a feira, cerca de 20 startups participam das atividades.
"Aqui fazemos rodadas de pitch e de negócios. Dentro de uma arena de inovação, as empresas começam a respirar esse ecossistema, que, muitas vezes, é novo para elas e para muitos produtores rurais", explicou Marcio Silva, coordenador de projetos do Sebrae RS para a região da Campanha e Fronteira Oeste. Durante a feira, cerca de 20 startups participam das atividades.
"Nossa região está apenas começando na inovação; hoje, isso pulsa muito mais na região metropolitana de Porto Alegre e na Serra. Ainda é algo novo por aqui, e queremos mostrar para nossa região que é possível ter esse tipo de inovação aqui", refletiu Silva. Ele ponderou que, embora ainda não exista um direcionamento exclusivo para as startups que surgem na região, a ideia é fortalecer soluções nas áreas da pecuária, do turismo de experiência e das indicações geográficas.
Ele também ressaltou que uma das grandes dificuldades atuais do agronegócio é a preparação de mão de obra. "Em uma empresa tradicional já é difícil trabalhar com a qualificação da mão de obra; imagine para um produtor rural, que conta com o peão, o capataz, geralmente com um nível de instrução menor. Aqui, por exemplo, temos uma startup que trabalha na formação de mão de obra para as propriedades rurais", disse.
Ele também ressaltou que uma das grandes dificuldades atuais do agronegócio é a preparação de mão de obra. "Em uma empresa tradicional já é difícil trabalhar com a qualificação da mão de obra; imagine para um produtor rural, que conta com o peão, o capataz, geralmente com um nível de instrução menor. Aqui, por exemplo, temos uma startup que trabalha na formação de mão de obra para as propriedades rurais", disse.
Startups encontram soluções para a pecuária
Um dos grandes desafios da pecuária é o roubo ou a fuga do gado. Por isso, a Instabov nasceu em 2016 com a proposta de desenvolver uma solução tecnológica capaz de garantir o monitoramento do gado e a gestão da propriedade rural. Com uma espécie de "colar", o animal é monitorado por GPS que acompanha seu deslocamento pela área.
"No início, a ideia era oferecer segurança, mas o sistema evoluiu. Hoje conseguimos entregar a gestão da propriedade pela plataforma, incluindo acompanhamento nutricional; o produtor consegue ver se o animal ganhou peso e monitorar o aproveitamento da área de pastagem", explicou Anderson Silva, gerente de operações da Instabov.
Segundo ele, esse controle aumenta significativamente a produtividade da pecuária. "Nossa solução foi muito bem aceita no mercado porque reduz os prejuízos. O produtor consegue saber em tempo real onde estão os animais", afirmou. Agora, os próximos passos são escalar o negócio e lançar novos produtos mais acessíveis. Em sua visão, a tecnologia é imprescindível para a pecuária. "O produtor precisa dela, e, comparado à agricultura, a pecuária ainda está um pouco atrás nesse sentido", refletiu.
As tecnologias na área não ficam restritas à experiência do dia a dia do produtor. A FINPEC, uma fintech (startup da área financeira) também participante da feira, percebeu que, apesar de o boi ser um ativo líquido — ou seja, que pode ser vendido em diferentes fases da vida —, ele não tinha o mesmo valor para as instituições financeiras que a agricultura, que pode servir de garantia para financiamento mesmo antes do plantio.
"Percebemos que o pecuarista de corte estava desassistido em relação ao crédito. Desenvolvemos, então, um aplicativo em que pessoas que não têm terra ou boi podem investir na pecuária, o que nos permite fornecer crédito aos produtores e retorno aos investidores", explicou Ivan Barreto, da área comercial da empresa. A fintech nasceu em 2018. Hoje, atuando em São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia, a empresa quer expandir sua atuação no Rio Grande do Sul.
Maurício Duarte, gerente comercial e operacional, vê a feira como uma ótima oportunidade para essa expansão. "Estamos com alta expectativa. Queremos trazer mais atratividade para o mercado gaúcho. Temos bastante experiência com gado de confinamento, e estamos adaptando nosso modelo para o cenário do Rio Grande do Sul, que é de gado no pasto. Queremos atuar como um viés econômico e fomentar a pecuária da região", projetou Duarte.