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Publicada em 01 de Novembro de 2024 às 17:51

Tecnologia e inovação aumentam produtividade na pecuária

Ivan Barreto e Maurício Duarte participam da feira com a FINPEC, startup voltada para o crédito na pecuária

Ivan Barreto e Maurício Duarte participam da feira com a FINPEC, startup voltada para o crédito na pecuária

TÂNIA MEINERZ/JC
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Bárbara Lima
Bárbara Lima Repórter
O campo está cada vez mais conectado e se valendo da tecnologia para aumentar a produtividade e a eficiência dos produtores e das propriedades. Pensando nisso, o Universo Pecuária 2024 conta com um espaço totalmente dedicado à inovação e à troca de informações entre empresas e startups, além de uma ampla programação de conteúdos. Quem circula pelo Sindicato Rural de Lavras do Sul, onde a feira acontece até o dia 3 de novembro, encontra rapidamente empreendedores do Rio Grande do Sul e de outros estados na Arena Inovação."Aqui fazemos rodadas de pitch e de negócios. Dentro de uma arena de inovação, as empresas começam a respirar esse ecossistema, que, muitas vezes, é novo para elas e para muitos produtores rurais", explicou Marcio Silva, coordenador de projetos do Sebrae RS para a região da Campanha e Fronteira Oeste. Durante a feira, cerca de 20 startups participam das atividades.
O campo está cada vez mais conectado e se valendo da tecnologia para aumentar a produtividade e a eficiência dos produtores e das propriedades. Pensando nisso, o Universo Pecuária 2024 conta com um espaço totalmente dedicado à inovação e à troca de informações entre empresas e startups, além de uma ampla programação de conteúdos. Quem circula pelo Sindicato Rural de Lavras do Sul, onde a feira acontece até o dia 3 de novembro, encontra rapidamente empreendedores do Rio Grande do Sul e de outros estados na Arena Inovação.

"Aqui fazemos rodadas de pitch e de negócios. Dentro de uma arena de inovação, as empresas começam a respirar esse ecossistema, que, muitas vezes, é novo para elas e para muitos produtores rurais", explicou Marcio Silva, coordenador de projetos do Sebrae RS para a região da Campanha e Fronteira Oeste. Durante a feira, cerca de 20 startups participam das atividades.
"Nossa região está apenas começando na inovação; hoje, isso pulsa muito mais na região metropolitana de Porto Alegre e na Serra. Ainda é algo novo por aqui, e queremos mostrar para nossa região que é possível ter esse tipo de inovação aqui", refletiu Silva. Ele ponderou que, embora ainda não exista um direcionamento exclusivo para as startups que surgem na região, a ideia é fortalecer soluções nas áreas da pecuária, do turismo de experiência e das indicações geográficas.

Ele também ressaltou que uma das grandes dificuldades atuais do agronegócio é a preparação de mão de obra. "Em uma empresa tradicional já é difícil trabalhar com a qualificação da mão de obra; imagine para um produtor rural, que conta com o peão, o capataz, geralmente com um nível de instrução menor. Aqui, por exemplo, temos uma startup que trabalha na formação de mão de obra para as propriedades rurais", disse.

Startups encontram soluções para a pecuária


Um dos grandes desafios da pecuária é o roubo ou a fuga do gado. Por isso, a Instabov nasceu em 2016 com a proposta de desenvolver uma solução tecnológica capaz de garantir o monitoramento do gado e a gestão da propriedade rural. Com uma espécie de "colar", o animal é monitorado por GPS que acompanha seu deslocamento pela área.

"No início, a ideia era oferecer segurança, mas o sistema evoluiu. Hoje conseguimos entregar a gestão da propriedade pela plataforma, incluindo acompanhamento nutricional; o produtor consegue ver se o animal ganhou peso e monitorar o aproveitamento da área de pastagem", explicou Anderson Silva, gerente de operações da Instabov.

Segundo ele, esse controle aumenta significativamente a produtividade da pecuária. "Nossa solução foi muito bem aceita no mercado porque reduz os prejuízos. O produtor consegue saber em tempo real onde estão os animais", afirmou. Agora, os próximos passos são escalar o negócio e lançar novos produtos mais acessíveis. Em sua visão, a tecnologia é imprescindível para a pecuária. "O produtor precisa dela, e, comparado à agricultura, a pecuária ainda está um pouco atrás nesse sentido", refletiu.

As tecnologias na área não ficam restritas à experiência do dia a dia do produtor. A FINPEC, uma fintech (startup da área financeira) também participante da feira, percebeu que, apesar de o boi ser um ativo líquido — ou seja, que pode ser vendido em diferentes fases da vida —, ele não tinha o mesmo valor para as instituições financeiras que a agricultura, que pode servir de garantia para financiamento mesmo antes do plantio.

"Percebemos que o pecuarista de corte estava desassistido em relação ao crédito. Desenvolvemos, então, um aplicativo em que pessoas que não têm terra ou boi podem investir na pecuária, o que nos permite fornecer crédito aos produtores e retorno aos investidores", explicou Ivan Barreto, da área comercial da empresa. A fintech nasceu em 2018. Hoje, atuando em São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia, a empresa quer expandir sua atuação no Rio Grande do Sul.

Maurício Duarte, gerente comercial e operacional, vê a feira como uma ótima oportunidade para essa expansão. "Estamos com alta expectativa. Queremos trazer mais atratividade para o mercado gaúcho. Temos bastante experiência com gado de confinamento, e estamos adaptando nosso modelo para o cenário do Rio Grande do Sul, que é de gado no pasto. Queremos atuar como um viés econômico e fomentar a pecuária da região", projetou Duarte.

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