A semeadura da safra de arroz 2024/2025 nas lavouras gaúchas já ultrapassa a metade da área projetada, de 948,3 mil hectares. A informação é da Federação dos Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), que projeta parte do plantio ainda para a primeira quinzena de novembro, devido ao atraso na preparação dos solos em função do excesso de chuvas em setembro.
O acompanhamento do plantio pela entidade aponta índice pouco superior ao divulgado nesta quinta-feira (24) pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), que contabiliza 48,1% da área cultivados, correspondendo a 456,8 mil hectares. Em uma semana, a cultura avançou sobre mais de 170 mil hectares, com os produtores aproveitando o tempo seco. A Fronteira Oeste é a região mais adiantada, com 67,2% dos 281,5 mil hectares previstos.
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“Tivemos um avanço significativo no Estado nesta semana em algumas regiões. A Zona Sul é um bom exemplo. Foi a última regional a começar a semear e hoje já está com mais de 50% da área prevista já semeada”, analisa o gerente da Extensão Rural do Irga, Luiz Fernando Siqueira. A Zona Sul já plantou 54,9% dos 165,9 mil hectares projetados.
Ele destaca ainda as dificuldades da região Central, que está com 16,2% da área semeada. “Essa regional ainda sofre bastante com as questões envolvendo o impacto das enchentes de maio, e muitas áreas precisaram ser reestruturadas. Sem contar o fato de que, até agora, foram poucas as oportunidades que os produtores tiveram de trabalhar essas áreas e reorganizá-las, devido às chuvas de setembro e outubro naquela área do Estado e que dificultaram a semeadura”.
Paralelamente, o setor já se debruça sobre as tendências de mercado para o cereal. E dificilmente deverá contribuir para a formação de estoques públicos.
Isso porque o governo federal estabeleceu valores bem abaixo dos praticados pelas indústrias ou mesmo nas vendas externas, e ainda menores que o custo de produção. Uma condição que não deve atrair os produtores. O preço da saca a ser negociada nos Contratos com Opção de Venda (COV) foi anunciado na semana passada em R$ 87,62, por meio da Portaria Interministerial nº 19, dos Ministérios da Agricultura e Pecuária, da Fazenda e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar.
“Tivemos um avanço significativo no Estado nesta semana em algumas regiões. A Zona Sul é um bom exemplo. Foi a última regional a começar a semear e hoje já está com mais de 50% da área prevista já semeada”, analisa o gerente da Extensão Rural do Irga, Luiz Fernando Siqueira. A Zona Sul já plantou 54,9% dos 165,9 mil hectares projetados.
Ele destaca ainda as dificuldades da região Central, que está com 16,2% da área semeada. “Essa regional ainda sofre bastante com as questões envolvendo o impacto das enchentes de maio, e muitas áreas precisaram ser reestruturadas. Sem contar o fato de que, até agora, foram poucas as oportunidades que os produtores tiveram de trabalhar essas áreas e reorganizá-las, devido às chuvas de setembro e outubro naquela área do Estado e que dificultaram a semeadura”.
Paralelamente, o setor já se debruça sobre as tendências de mercado para o cereal. E dificilmente deverá contribuir para a formação de estoques públicos.
Isso porque o governo federal estabeleceu valores bem abaixo dos praticados pelas indústrias ou mesmo nas vendas externas, e ainda menores que o custo de produção. Uma condição que não deve atrair os produtores. O preço da saca a ser negociada nos Contratos com Opção de Venda (COV) foi anunciado na semana passada em R$ 87,62, por meio da Portaria Interministerial nº 19, dos Ministérios da Agricultura e Pecuária, da Fazenda e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar.
Conforme a Federarroz, os custos oscilam entre R$ 90,00 e R$ 100,00 por saca. E ainda devem subir cerca de 5% nesta safra por necessidade de restauração de estruturas nas propriedades atingidas pelas chuvas de maio.
As operações com os contratos de opção seriam feitas junto à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que tem R$ 998,1 milhões para adquirir até 500 mil toneladas do cereal. O objetivo é retomar os estoques públicos no País para enfrentar a falta de produto no mercado interno em determinados momentos ou mesmo a alta de preços ao consumidor.
O presidente da Federarroz, Alexandre Velho, vê com preocupação a postura do governo ao estabelecer parâmetros sabidamente inferiores às despesas dos produtores e alerta que isso pode, mais uma vez, desestimular o plantio, que vem em crescimento nas últimas duas safras. A área semeada com a cultura no Estado já foi de 1,17 milhão de hectares e, no período 2022/2023 foi reduzido a 840 mil hectares.
As operações com os contratos de opção seriam feitas junto à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que tem R$ 998,1 milhões para adquirir até 500 mil toneladas do cereal. O objetivo é retomar os estoques públicos no País para enfrentar a falta de produto no mercado interno em determinados momentos ou mesmo a alta de preços ao consumidor.
O presidente da Federarroz, Alexandre Velho, vê com preocupação a postura do governo ao estabelecer parâmetros sabidamente inferiores às despesas dos produtores e alerta que isso pode, mais uma vez, desestimular o plantio, que vem em crescimento nas últimas duas safras. A área semeada com a cultura no Estado já foi de 1,17 milhão de hectares e, no período 2022/2023 foi reduzido a 840 mil hectares.
"Ampliamos para 900 mil hectares na safra passada e, nesta, a intenção manifestada é de chegarmos a 948 mil. Mas há uma tendência de elevação dos custos de produção, devido a uma série de problemas nas propriedades por todo o Estado. Seja na Região Central, com dificuldades estruturais e causadas por erosão do solo com as chuvas de abril e maio, seja nas demais, com canais de irrigação e de drenagem danificados", diz Velho.
O dirigente também adverte para a falta de medidas governamentais que ofereçam segurança ao produtor, como uma linha de seguro e de subvenção, bem como a consolidação das regras para a renegociação das dívidas. "É um tema que vem sendo discutido há tempo e sobre o qual há dificuldade na ponta. Agora tivemos um novo anúncio de recursos, mas precisamos ver se vai funcionar efetivamente".
O líder arrozeiro ressalta, ainda, que os preços praticados no mercado não são definidos pelo produtor. Dependem de uma série de fatores, como oferta e consumo, câmbio e paridade com o Mercosul, por exemplo. "Principalmente na questão tributária. Essa diferença de tributação entre os Estados tira muito da competitividade do Rio Grande do Sul", finaliza.