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Publicada em 15 de Outubro de 2024 às 14:37

Conab projeta a maior safra gaúcha, com 38,3 milhões de toneladas

Produção de arroz crescerá em todo o País, alcançando 12,5 milhões de toneladas; RS colherá 8,2 milhões de toneladas

Produção de arroz crescerá em todo o País, alcançando 12,5 milhões de toneladas; RS colherá 8,2 milhões de toneladas

Paulo Lanzetta/ Embrapa/ Divulgação/JC
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Claudio Medaglia
Claudio Medaglia Repórter
O Rio Grande do Sul deverá colher 38,3 milhões de toneladas de grãos na safra 2024/2025, maior resultado já alcançado nas lavouras desde o início da série histórica de acompanhamento da Companhia Nacional Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), iniciado em 1976/1977. O cenário coloca o Estado na posição de terceiro maior produtor de grãos do País, atrás de Mato Grosso e do Paraná. Os números foram divulgados nesta terça-feira (15) pela estatal.
O Rio Grande do Sul deverá colher 38,3 milhões de toneladas de grãos na safra 2024/2025, maior resultado já alcançado nas lavouras desde o início da série histórica de acompanhamento da Companhia Nacional Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), iniciado em 1976/1977. O cenário coloca o Estado na posição de terceiro maior produtor de grãos do País, atrás de Mato Grosso e do Paraná. Os números foram divulgados nesta terça-feira (15) pela estatal.
A performance gaúcha se alinha a uma projeção de produção recorde também no País, com 322,4 milhões de toneladas em 81,3 milhões de hectares semeados, volume que, conforme o diretor do Departamento de Análise Econômica e Políticas Públicas do Ministério da Agricultura, Silvio Farnese, deve ser suficiente para atender integralmente os mercados interno e externo.
Deveremos colher 24 milhões de toneladas a mais em relação à safra passada. Serão 4 milhões em milho, 18,6 milhões em soja e 1,4 milhão em arroz, representando R$ 48,6 bilhões que chegam para o produtor e fazem girar toda a economia agrícola”, disse Farnese, durante a apresentação do primeiro levantamento de estimativa apresentado para o cultivo em andamento.
Na projeção, ganhou destaque a cultura do arroz, que cresce em solo gaúcho e também em outros Estados. O aumento é reflexo de uma conjuntura favorável de mercado e de um movimento do governo para descentralizar a produção e a dependência do abastecimento do cereal do Rio Grande do Sul, responsável por cerca de 70% da produção.
Serão 8,2 milhões de toneladas do grão no RS, alta de 15,3% sobre a safra passada, em 988 mil hectares cultivados. Ao todo, o Brasil deverá obter 12,5 milhões de toneladas do cereal (+13,8).
A cultura expande sua área em todas as regiões, com destaque para o Norte, o Centro-Oeste e o Sul, totalizando 1,7 milhão de hectares, 9,9% maior que o cultivo 2023/2024”, comemorou o presidente da Conab, Edegar Pretto.
A maior safra do Rio Grande do Sul também dependerá da confirmação do desempenho da soja, principal cultura do Estado, sobre a qual se deposita expectativa de colheita de 20,3 milhões de toneladas, 3,5% superior ao resultado anterior. No País, são esperadas 166,5 milhões de toneladas da oleaginosa, 12,7% a mais, em 47,3 milhões de hectares.
A expectativa é de um rendimento médio de 3,5 mil quilos por hectare no Brasil, o que representaria alta de 9,6% em relação ao desempenho das lavouras na colheita anterior”, analisou Fabiano Vasconcellos, gerente de Acompanhamento de Safras da Conab.
O estado gaúcho também é o maior produtor de milho na primeira safra. Mas a produção total do grão no RS neste ciclo deve ficar em 4,3 milhões de toneladas, redução de 11,4% se comparada ao período anterior. A área estimada para a cultura é de 719,6 mil hectares, 11,7% inferior. A projeção nacional para o cereal é de uma safra de 119,7 milhões de toneladas, 3,5% maior do que a colheita passada.
A Conab também projeta alta de 6% na produção de feijão pelos gaúchos, com ampliação de 1,9% na área. Com isso, seriam colhidas 76 mil toneladas, semeadas em 49,4 mil hectares. Já a safra brasileira do grão é estimada em 3,2 milhões de toneladas.
Ainda, o trigo, principal cultura de inverno do Rio Grande do Sul, tem produção projetada pela Companhia em 4,2 milhões de toneladas no Estado. Nesta safra, os agricultores gaúchos assumiram a posição de maiores produtores do cereal no País - por conta da perda de produtividade em lavouras do Paraná -, em uma área plantada de 1,3 milhão de hectares. A produção brasileira deve fechar em 8,2 milhões de toneladas.

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