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Publicada em 07 de Outubro de 2024 às 13:29

Exportação de carne bovina bate recorde em setembro, diz Abiec

Receita cambial no mês passado foi de US$ 1,258 bilhão

Receita cambial no mês passado foi de US$ 1,258 bilhão

Stefani Reynolds/AFP/JC
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Agência Estado
A exportação brasileira de carne bovina atingiu um novo recorde em setembro de 2024, com o embarque de 286.750 toneladas, o que corresponde a um aumento de 7,12% em relação ao recorde anterior, registrado em julho deste ano, e 15,6% maior ante o mês de agosto de 2024. A receita cambial no mês passado foi de US$ 1,258 bilhão, representando a terceira maior da história das exportações do setor e 17,4% superior ao mês anterior, ficando atrás apenas de agosto e setembro de 2022, quando os preços médios da carne, influenciados pela pandemia, atingiram picos de US$ 5,9 mil e US$ 5,7 mil a tonelada, respectivamente.
A exportação brasileira de carne bovina atingiu um novo recorde em setembro de 2024, com o embarque de 286.750 toneladas, o que corresponde a um aumento de 7,12% em relação ao recorde anterior, registrado em julho deste ano, e 15,6% maior ante o mês de agosto de 2024. A receita cambial no mês passado foi de US$ 1,258 bilhão, representando a terceira maior da história das exportações do setor e 17,4% superior ao mês anterior, ficando atrás apenas de agosto e setembro de 2022, quando os preços médios da carne, influenciados pela pandemia, atingiram picos de US$ 5,9 mil e US$ 5,7 mil a tonelada, respectivamente.
Os números são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), compilados pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).
Entre janeiro e setembro de 2024, as exportações brasileiras somam 2,1 milhões de toneladas de carne bovina, com um faturamento de US$ 9,16 bilhões. Na comparação com os primeiros nove meses de 2023, os embarques aumentaram 28,3%, enquanto o faturamento cresceu 20%.
A China, que respondeu por 44,5% das exportações brasileiras de carne bovina no acumulado do ano, aumentou suas compras em 10%. Contudo, o faturamento recuou 0,9%, reflexo de ajustes nos preços médios.
Já os Estados Unidos apresentaram um crescimento expressivo de 58% no volume de importações e de 48,7% na receita, totalizando 147 mil toneladas e US$ 867,4 milhões em faturamento.
Segundo a Abiec, outro destaque foi o mercado dos Emirados Árabes Unidos, consolidado como um importante hub para a região do Oriente Médio. Os embarques para o país cresceram 162%, saltando de 45,7 mil para 120 mil toneladas no acumulado de 2023 e 2024, respectivamente. O faturamento mais que dobrou, com uma alta de 168%, passando de US$ 203 milhões para US$ 547 milhões.
Os 15 principais mercados de destino da carne bovina brasileira registraram crescimento em volume no acumulado de 2024. Destacam-se os incrementos para México, Argélia e Filipinas, além da Turquia, que refletem parte das exportações ao Irã.
O presidente da Abiec, Antônio Jorge Camardelli, disse em comunicado que o aumento das exportações reflete os esforços contínuos do setor privado, em parceria com o Governo federal, por meio do Ministério da Agricultura e Pecuária, do Itamaraty, do MDIC e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).
"Estamos empenhados em ampliar a presença da carne bovina brasileira nos mercados internacionais, com foco na diversificação dos destinos e na consolidação em mercados tradicionais, como a China, destacou Camardelli.
Atualmente, o Brasil exporta carne bovina para mais de 150 mercados ao redor do mundo. O projeto Brazilian Beef continua a ser um dos pilares da estratégia de promoção e expansão, com o objetivo de garantir a competitividade e aumentar a presença da carne bovina brasileira nos principais mercados globais.
"Os números de setembro mostram que o Brasil está não apenas consolidado como um dos maiores fornecedores globais de carne bovina, mas também está preparado para atender à crescente demanda por alimentos de alta qualidade e segurança alimentar. Nossa competitividade vem do investimento contínuo em tecnologia, rastreabilidade e sustentabilidade ao longo de toda a cadeia produtiva", concluiu Camardelli.

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