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Publicada em 26 de Setembro de 2024 às 16:30

Semeadura de arroz no Rio Grande do Sul chega a 8,1% da área projetada

Fronteira Oeste já plantou 26,6% dos 281,5 mil hectares previstos pelos produtores

Fronteira Oeste já plantou 26,6% dos 281,5 mil hectares previstos pelos produtores

RICARDO DALCIN/IRGA/DIVULGAÇÃO/JC
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Claudio Medaglia
Claudio Medaglia Repórter
A semeadura de arroz para a safra 2024/2025 já alcança 77,6 mil hectares no Rio Grande do Sul. A área corresponde a 8,1% dos 948,3 mil hectares projetados.
A semeadura de arroz para a safra 2024/2025 já alcança 77,6 mil hectares no Rio Grande do Sul. A área corresponde a 8,1% dos 948,3 mil hectares projetados.
Conforme levantamento do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), os trabalhos estão concentrados basicamente na Fronteira Oeste, que já plantou 75 mil hectares, ou 26,7% do total estimado pelos produtores. Já na região Central, são 1,3 mil hectares, equivalentes a 1% dos 125,8 mil hectares previstos.
Apenas os arrozeiros da Zona Sul ainda não entraram nas lavouras. Isso porque as fortes chuvas ocorridas nesta semana impedem o início dos trabalhos, diz o gerente da Extensão Rural do Irga, Luiz Fernando Siqueira.
Exceto naquelas regiões que se utilizam do sistema pré-germinado. Como é o caso da região da Quarta Colônia e outros municípios, como Candelária, caracterizados por muitas áreas de pré-germinado. Essas regiões, possivelmente, vão continuar sua semeadura normalmente, porque a chuva não é um empecilho tão grande para seguir a semeadura.”
Siqueira complementa que as demais regiões do Estado, no entanto, provavelmente só terão condições de semeadura quando o tempo melhorar. “Como estamos no final de setembro, provavelmente só teremos tempo bom novamente em outubro”, afirma.
Conforme o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho, o mês de outubro é a melhor época para o plantio da cultura. E, por conta disso, o ritmo da semeadura não chega a preocupar.
Entretanto, o excesso de precipitação atrapalha a preparação do solo em muitas propriedades, que terão de aproveitar a janela de tempo seco para essa tarefa. E parte da semeadura acabará acontecendo apenas no mês de novembro.
Caso se confirme uma parcela importante das áreas sendo cultivadas somente em novembro, poderemos ter uma expectativa de menor produtividade. O arroz responde muito bem ao plantio em outubro, e o desempenho costuma ser inferior após esse período”.
O dirigente observa, entretanto, que ainda é cedo para projetar o volume da próxima safra. Isso porque ainda precisa se consolidar o tamanho da área a ser plantada. “Além do mais, há uma previsão de inversão no clima e possibilidade de falta de chuva nos próximos meses. E, ao contrário deste momento, poderemos estar precisando de água”, acrescenta Velho.
Mas enquanto a situação na lavoura não se define, o mercado mostra uma certa estabilidade. Com a saca de 50 quilos comercializada em cerca de R$ 120,00, o momento é de “equilíbrio” entre arrozeiros, indústria e varejo, até com alguma “variação para baixo ao consumidor”, observa o líder arrozeiro.
“O que temos enfrentado é alguma dificuldade para carregar o cereal colhido e transportar, por conta do clima chuvoso. Mas, de um modo geral, o cenário é bastante estável”, completa.

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