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Publicada em 12 de Setembro de 2024 às 10:17

Produção de grãos no RS deve crescer 34,5% na safra 2023/2024, diz Conab

A estimativa para o crescimento da produção de soja no RS é de 51%

A estimativa para o crescimento da produção de soja no RS é de 51%

TÂNIA MEINERZ/JC
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Agências
O Brasil deve atingir 298,41 milhões de toneladas de grãos no último ciclo da safra 2023/2024, um recuo de 6,7% ou de 21,4 milhões de toneladas em relação à safra passada. Os dados fazem parte do seu 12º levantamento de safra de grãos, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta quinta-feira (12).
O Brasil deve atingir 298,41 milhões de toneladas de grãos no último ciclo da safra 2023/2024, um recuo de 6,7% ou de 21,4 milhões de toneladas em relação à safra passada. Os dados fazem parte do seu 12º levantamento de safra de grãos, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta quinta-feira (12).
A queda é atribuída à distribuição irregular de chuvas no início do plantio, que atrasou a semeadura, e às baixas precipitações durante parte do ciclo das lavouras em alguns estados. Por outro lado, os números do Rio Grande do Sul mostram recuperação na produção de grãos, que deve chegar a 37,1 milhões de toneladas. O desempenho é 34,5% superior ao da safra anterior, quando foram colhidas 27,6 milhões de toneladas, segundo os dados da série histórica da Conab, iniciada no ciclo 1976/77.
Com esse resultado, o Rio Grande do Sul fica em terceiro lugar entre os principais produtores de grãos do Brasil, atrás apenas do Mato Grosso e do Paraná. Apesar das adversidades durante o ciclo das culturas, sobretudo ao final da colheita, as lavouras apresentaram um desempenho melhor do que na última safra, o que justifica esse resultado na produção gaúcha. A área plantada nesta safra soma 10,4 milhões de hectares, uma elevação de 1%.

Todas as principais culturas do Rio Grande do Sul seguem apresentando alta na produção. O crescimento é de 51% na soja, de 44,5% no trigo, de 30% no milho e de 3,3% no arroz. Quanto ao tamanho das lavouras, o crescimento foi de 3,2% na área plantada com soja e de 4,4% na área com arroz. Já as áreas de trigo e milho tiveram redução de, respectivamente, 10,6% e 2%.

Soja

O RS é o segundo maior produtor de soja do País. A estimativa de produção de soja é de 19,65 milhões de toneladas, numa área plantada de 6,76 milhões de hectares. A produção poderia ter sido ainda maior, mas com o excesso de chuvas em abril, apesar da colheita já apresentando 70% do total, as lavouras que estavam em campo tiveram seu desempenho prejudicado. Contudo, as lavouras tiveram um bom suprimento hídrico durante praticamente todo o ciclo, projetando boa produtividade.

Milho

Rio Grande do Sul é o que mais produz milho na primeira safra, correspondendo a quase 21% do total produzido neste primeiro momento. A Conab estima a colheita de 4,85 milhões de toneladas do grão, numa área de 814,9 mil hectares. O milho também teve o seu desempenho afetado pelas fortes chuvas ocorridas ao final de abril, apesar de apresentar desempenho bem superior ao da safra passada, com produtividade de 5.952 kg/ha, 32,6% a mais que no ciclo 2022/23.

Arroz

A produção gaúcha de arroz está estimada em 7,16 milhões de toneladas, numa área de 900,6 mil hectares. O estado é responsável por 73,47% da produção nacional, ou seja, é o maior produtor do país. O período de semeadura foi longo, de setembro de 2023 a janeiro de 2024, inclusive com plantio fora da janela. Houve atraso na colheita em mais de 13% da área, causando perdas tanto quantitativas quanto qualitativas. O excesso de chuvas prejudicou o desempenho das lavouras em relação à safra passada e, com os impactos das enchentes, a redução da produção no estado foi de pouco mais de 300 mil toneladas. No entanto, o aumento da área cultivada compensou a perda de produtividade e o resultado na produção é 3,3% superior à última safra.

Trigo

Principal produtor de trigo do Brasil, o Rio Grande do Sul deve colher 4,19 milhões de toneladas do cereal, numa área de 1,34 milhão de hectares. O levantamento de safra da Conab mostrou uma área menor do que o cultivado na última safra, mas uma boa produtividade, que foi fortemente impactada no final do último ciclo. A falta de sementes em quantidade e qualidade, a alta suscetibilidade da cultura às perdas decorrentes de geadas e chuvas e o relato de baixa rentabilidade da cultura, por parte dos produtores, são apontados como principais motivadores da redução de área.

No início da implantação da cultura, houve um atraso na semeadura devido ao excesso de chuvas, além da erosão e lixiviação de nutrientes e sementes decorrentes das chuvas torrenciais e recorrentes que prejudicaram, inicialmente, as lavouras que apresentam desenvolvimento aquém do esperado. Mas as condições mais secas, que ocorrem desde a segunda quinzena de julho, propiciam boa condição fitossanitária das plantas. No mês de agosto, houve dias ensolarados e chuvas espaçadas, suficientes para suprir as demandas hídricas e de radiação solar da cultura.

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