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Publicada em 16 de Agosto de 2024 às 15:56

Agro do Brasil e China celebram 50 anos de relações diplomáticas

Após abertura do mercado chinês ao milho, Brasil liderou embarques em 2023

Após abertura do mercado chinês ao milho, Brasil liderou embarques em 2023

Pablo Reis/DIVULGAÇÃO/CIDADES
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No último dia 15, o agronegócio do Brasil e a China celebraram 50 anos de relações diplomáticas. Mais de um terço das exportações agropecuárias tem como destino o país asiático. A parceria sino-brasileira é marcada por uma relação ganha-ganha e se deve muito ao esforço de produtores rurais das mais variadas regiões e cadeias produtivas para atender o mercado chinês.Em 2023, do total de exportações do agro, 36,% foram para a China, 13% para a União Europeia e 5,9% para os Estados Unidos, outros importantes parceiros comerciais do Brasil. O principal produto importado pelo país asiático no ano passado foi a soja em grãos, seguida pela carne bovina in natura e a celulose.A diretora de Relações Internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Sueme Mori, afirmou que a relevância do agro brasileiro no mercado internacional também está ligada ao aumento das importações chinesas. “Só para dar um exemplo, podemos citar o caso do milho. Em 2022, a China abriu o mercado para o grão, e no ano seguinte fomos o maior exportador de milho do mundo devido às compras chinesas”.A análise da linha cronológica dessa relação comercial mostra as mudanças de patamares ao longo da história. Em 2000, o Brasil exportou cerca de US$ 20,5 bilhões em produtos agropecuários, sendo US$ 561 milhões, ou 3%, para a China. Já em 2023, o valor foi de US$ 166,5 bilhões e, desse total, US$ 60,2 bilhões foram enviados para o país asiático, saltando para 36%.Há mais de 11 anos, China, Estados Unidos e União Europeia têm sido os três principais destinos das exportações do agro brasileiro. Desde 2013, a China ocupa a primeira posição.Sueme destacou que com mais de 1 bilhão de pessoas, a segurança alimentar é uma prioridade pra o governo chinês. “Somos o principal fornecedor de alimentos para a China e ainda não atingimos o nosso ápice na produção agropecuária. Então ainda temos muito a crescer e a cooperar”.A China é um mercado gigantesco e, de acordo com a diretora de Relações Internacionais da CNA, o país tem total condição de ampliar e diversificar as exportações, “sem reduzir o que já vendemos. Seria um complemento”. É nesse sentido que se encaixa o Agro.BR, uma parceria da CNA com a Apex-Brasil. “A China é um dos mercados prioritários do projeto, inclusive temos um escritório em Xangai para apoiar o pequeno e médio produtor rural nesse processo de internacionalização e, consequentemente, de diversificação da nossa pauta”, disse.Para a diretora, a relação do Brasil com a China é de ganha-ganha não só na área comercial, mas também de investimentos, tecnologia, e em outros temas de interesse comuns no cenário internacional. “Esse relacionamento de 50 anos ainda tem potencial para ser estreitado. Podemos trabalhar com a China em diversos setores. O desenvolvimento tecnológico deles é impressionante e pode ser aproveitado na nossa produção agropecuária”, concluiu.
No último dia 15, o agronegócio do Brasil e a China celebraram 50 anos de relações diplomáticas. Mais de um terço das exportações agropecuárias tem como destino o país asiático. A parceria sino-brasileira é marcada por uma relação ganha-ganha e se deve muito ao esforço de produtores rurais das mais variadas regiões e cadeias produtivas para atender o mercado chinês.

Em 2023, do total de exportações do agro, 36,% foram para a China, 13% para a União Europeia e 5,9% para os Estados Unidos, outros importantes parceiros comerciais do Brasil. O principal produto importado pelo país asiático no ano passado foi a soja em grãos, seguida pela carne bovina in natura e a celulose.

A diretora de Relações Internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Sueme Mori, afirmou que a relevância do agro brasileiro no mercado internacional também está ligada ao aumento das importações chinesas. “Só para dar um exemplo, podemos citar o caso do milho. Em 2022, a China abriu o mercado para o grão, e no ano seguinte fomos o maior exportador de milho do mundo devido às compras chinesas”.

A análise da linha cronológica dessa relação comercial mostra as mudanças de patamares ao longo da história. Em 2000, o Brasil exportou cerca de US$ 20,5 bilhões em produtos agropecuários, sendo US$ 561 milhões, ou 3%, para a China. Já em 2023, o valor foi de US$ 166,5 bilhões e, desse total, US$ 60,2 bilhões foram enviados para o país asiático, saltando para 36%.

Há mais de 11 anos, China, Estados Unidos e União Europeia têm sido os três principais destinos das exportações do agro brasileiro. Desde 2013, a China ocupa a primeira posição.

Sueme destacou que com mais de 1 bilhão de pessoas, a segurança alimentar é uma prioridade pra o governo chinês. “Somos o principal fornecedor de alimentos para a China e ainda não atingimos o nosso ápice na produção agropecuária. Então ainda temos muito a crescer e a cooperar”.

A China é um mercado gigantesco e, de acordo com a diretora de Relações Internacionais da CNA, o país tem total condição de ampliar e diversificar as exportações, “sem reduzir o que já vendemos. Seria um complemento”.

É nesse sentido que se encaixa o Agro.BR, uma parceria da CNA com a Apex-Brasil. “A China é um dos mercados prioritários do projeto, inclusive temos um escritório em Xangai para apoiar o pequeno e médio produtor rural nesse processo de internacionalização e, consequentemente, de diversificação da nossa pauta”, disse.

Para a diretora, a relação do Brasil com a China é de ganha-ganha não só na área comercial, mas também de investimentos, tecnologia, e em outros temas de interesse comuns no cenário internacional.

“Esse relacionamento de 50 anos ainda tem potencial para ser estreitado. Podemos trabalhar com a China em diversos setores. O desenvolvimento tecnológico deles é impressionante e pode ser aproveitado na nossa produção agropecuária”, concluiu.

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