O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) notificou a Organização Mundial de Saúde Animal (Omsa) sobre a conclusão do foco da doença de Newcastle (DNC) em território brasileiro. Com a medida, o governo brasileiro e o setor privado aguardam a retirada da suspensão, por parte dos países importadores, para retomada total das exportações de carnes de aves e seus produtos.
O documento informa que a investigação epidemiológica conduzida pelo Serviço Veterinário Oficial do Rio Grande do Sul não identificou nenhum animal com sinais clínicos compatíveis com a enfermidade em um raio de 10 km do único foco confirmado, em 17 de julho, no município de Anta Gorda. Nesta sexta-feira (26), foram concluídas as visitas a todas as 858 propriedades com criações avícolas na área delimitada. Ainda serão mantidas três barreiras sanitárias, que funcionarão ininterruptamente em dois pontos na área de perifoco (raio de 3 km do foco) e em um local dentro da zona de vigilância (raio de 10 km).
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“A partir deste sábado, iniciaremos revisitações a granjas comerciais na zona de vigilância e uma terceira visita a granjas comerciais na zona perifocal ", detalha o diretor adjunto do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDA/Seapi), Francisco Lopes.
Conforme a diretora do DDA, Rosane Collares, a desinfecção da propriedade positiva também foi concluída. “Após as ações conduzidas pela Secretaria, o cenário que encontramos lá deu a segurança técnica para essa tomada de decisão".
O secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Carlos Goulart, disse que com o fim do foco da doença, serão disponibilizadas aos países parceiros todas as informações sobre o diagnóstico atual e as medidas adotadas. “Isso permitirá que eles analisem e confirmem que estamos livres de Newcastle, possibilitando a retomada das certificações para exportação”.
Sem suspeitas de novos focos para a doença, o Mapa reduziu a abrangência da área de emergência zoossanitária no Estado para os municípios de Anta Gorda, Doutor Ricardo, Putinga, Ilopolis e Relvado. Ainda de acordo com Goulart, os protocolos de biosseguridade em aviários estão sendo reforçados e aplicados em todos os estados produtores do Brasil. "Esse é um reforço que estamos adotando desde quando entramos em alerta máximo para a influenza aviária", destaca.
Na granja afetada, segue sendo monitorada por 42 dias, a contar do encerramento do foco, para verificar se há resquícios de circulação do vírus. Ao final do prazo, poderá trazer uma carga de aves para o local, em quantidade que não ultrapasse 20% da capacidade do galpão. "Essas aves deverão ser testadas com 15 e 30 dias e ficarão alojadas até os 42 dias, para então serem abatidas", informa o diretor adjunto do DDA.
Após esse período, e com resultado negativo para a presença do agente patógeno, o aviário será liberado para funcionamento novamente. Já para as demais granjas da região que estão na área de emergência agropecuária, a liberação será por protocolos específicos.
EXPORTAÇÕES
Após a redução da abrangência da área de emergência zoossanitária, o Mapa também atualizou as áreas de suspensão da certificação temporária para exportações de carnes de aves e seus produtos. China, Argentina e México seguem com as restrições de exportação para todo Brasil. Já em relação ao estado do Rio Grande do Sul, segue apenas Arábia Saudita; Bolívia, Chile, Cuba, Peru, União Econômica Euroasiática e Uruguai.
Após a redução da abrangência da área de emergência zoossanitária, o Mapa também atualizou as áreas de suspensão da certificação temporária para exportações de carnes de aves e seus produtos. China, Argentina e México seguem com as restrições de exportação para todo Brasil. Já em relação ao estado do Rio Grande do Sul, segue apenas Arábia Saudita; Bolívia, Chile, Cuba, Peru, União Econômica Euroasiática e Uruguai.
Para os protocolos sanitários, baseados em zona de restrição ou raio afetado estão países como África do Sul, Albânia, Canadá, Cazaquistão, Coreia do Sul, Egito, Filipinas, Hong Kong, Índia, Israel, Japão, Jordânia, Kosovo, Macedônia, Marrocos, Maurício, Mianmar, Montenegro, Namíbia, Paquistão, Polinésia Francesa, Reino Unido, República Dominicana, Sri Lanka, Tailândia, Taiwan, Tadjiquistão, Timor Leste, Ucrânia, União Europeia, Vanuatu e Vietnã.
O Mapa ressalta que as regras de suspensão são revisadas diariamente, tendo em vista as tratativas em curso com os países parceiros, nas quais são apresentadas todas as ações que estão sendo executadas para erradicar o foco.
Qualquer suspeita de doença de Newcastle, que incluam mortalidade súbita e sinais respiratórios e nervosos, além de diarreia e edema na cabeça das aves, seguem sendo imediatamente acompanhadas na sua totalidade pelo Serviço Veterinário Oficial. No Rio Grande do Sul, todas as suspeitas da doença de Newcastle, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em aves, devem ser notificadas imediatamente à Secretaria da Agricultura, por meio da Inspetoria ou Escritório de Defesa Agropecuária, pelo sistema e-Sisbravet ou pelo WhatsApp (51) 98445-2033.