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Publicada em 25 de Julho de 2024 às 13:11

Mapa reduz zona de restrição a exportações avícolas por Newcastle

Diálogo aberto com países parceiros já resultou na retirada das restrições a produtos do País e parte do RS

Diálogo aberto com países parceiros já resultou na retirada das restrições a produtos do País e parte do RS

ASGAV/DIVULGA??O/JC
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Claudio Medaglia
Claudio Medaglia Repórter
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) atendeu na quarta-feira (24) ao pedido encaminhado em nota técnica pelo setor avícola gaúcho e revisou a área que deverá manter suspensas as exportações de produtos desse segmento devido à confirmação de um caso de doença de Newcastle no Vale do Taquari. A medida define nova zona de restrição, abrangendo os munícipios de Anta Gorda, Doutor Ricardo, Putinga, Ilópolis e Revaldo.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) atendeu na quarta-feira (24) ao pedido encaminhado em nota técnica pelo setor avícola gaúcho e revisou a área que deverá manter suspensas as exportações de produtos desse segmento devido à confirmação de um caso de doença de Newcastle no Vale do Taquari. A medida define nova zona de restrição, abrangendo os munícipios de Anta Gorda, Doutor Ricardo, Putinga, Ilópolis e Revaldo.
Em circular enviada ao Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal e aos chefes de Divisões de Defesa Agropecuária, o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal informa que a "redução da área da 'zona de restrição' implica o levantamento do impedimento sanitário ao restante do Estado do Rio Grande do Sul, para exportação, inclusive de mercadorias já produzidas anteriormente, mesmo após o dia 8 de julho de 2024", quando a primeira suspeita da enfermidade foi notificada.

Leia mais: Asgav pede embargo a exportações a raio de 10 km de foco de Newcastle

A decisão foi comemorada pelo presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav-RS), José Eduardo dos Santos. "Após apuração de resultados negativos nas últimas suspeitas de doença de Newcastle, o Mapa restringe a suspensão das exportações somente no raio de 10 km do caso isolado detectado em Anta Gorda na semana passada. Agora, reinicia a busca pela normalidade das exportações, situação que deverá aliviar o setor avícola gaúcho".

Desde o dia 17 de julho, os embarques de produtos avícolas de todo o País haviam sido interrompidos por iniciativa do governo brasileiro, para dar tranquilidade e segurança ao mercado quanto à seriedade do controle sanitário do agronegócio nacional. Todos os parceiros comerciais foram contatados e informados das medidas que estavam sendo adotadas. E, conforme os termos de cada acordo bilateral, os clientes definiriam se mantinham a área de embargo.
Países como Argentina e China, por exemplo, vetam a entrada da maioria dos produtos de todos os Estados brasileiros até o fim do processo de eliminação da doença no Rio Grande do Sul. Já o México, que adotava a mesma postura, reviu posição e irá autorizar a internalização de cargas de carne avícola certificadas até 25 de junho.
Bolívia, Chile, Cuba, Peru e Uruguai ainda sustentam o bloqueio a todo o Rio Grande do Sul. Mas diversos países, como África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Índia e o Reino Unido, entre outros, já estão alterando as exigências e admitindo receber produtos de municípios fora zona de restrição. A situação em cada negociação vem sendo atualizada pelo Mapa, no ritmo do retorno dado pelas autoridades dos países importadores. 

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