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Publicada em 07 de Junho de 2024 às 13:44

Languiru vai duplicar os abates no Frigorífico de Aves de Westfália

Cooperativa Languiru reforça a produção no frigorífico de aves em Westfália, em meio à crise provocada pelas cheias no Estado

Cooperativa Languiru reforça a produção no frigorífico de aves em Westfália, em meio à crise provocada pelas cheias no Estado

Divulgação / Languiru
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Claudio Medaglia
Claudio Medaglia Repórter
A Cooperativa Languiru está duplicando o volume de abates no Frigorífico de Aves de Westfália, que já opera em parceria com a Seara, subsidiária da JBS. A partir desta segunda-feira (10), serão 150 mil aves por dia, sendo 125 mil na parceria com a JBS e 25 mil com marca própria da Languiru.
A Cooperativa Languiru está duplicando o volume de abates no Frigorífico de Aves de Westfália, que já opera em parceria com a Seara, subsidiária da JBS. A partir desta segunda-feira (10), serão 150 mil aves por dia, sendo 125 mil na parceria com a JBS e 25 mil com marca própria da Languiru.
A gigante mundial do segmento de proteína animal está ampliando as atividades naquela planta e abriu 240 postos de trabalho no município. Ao todo, a JBS está abrindo mais de 1 mil vagas de emprego no Estado. O maior número de oportunidades se concentra nas unidades de produção de aves da Seara de Montenegro e Passo Fundo e na planta de produção de suínos de Seberi, com mais de 180 posições em aberto em cada uma.

Leia mais: JBS firma contrato com a Cooperativa Languiru para processamento de aves no Rio Grande do Sul

O aumento da operação em Westfália atende a dois focos: a geração de empregos neste momento de dificuldades enfrentado pelo Rio Grande do Sul, após as enchentes de maio, e também a viabilização da operação no máximo da capacidade das unidades da Languiru.
“Planta ociosa é prejuízo. Operando em parceria ou com produção própria, estamos trabalhando para restabelecer o funcionamento pleno das unidades, para sair do cenário de prejuízos mensais e partir para um momento de sobras”, observa o presidente liquidante Paulo Birck.
Nesse esforço de retomada, a Languiru está estendendo o rol de destinos de seus produtos. Na terça-feira (4), um container com 27 toneladas de pés de frango processados em Westfália embarcou para a China. A operação é a primeira da empresa para aquele mercado. Ainda no final de maio, outro lote, com 49,6 toneladas do produto seguiu por via terrestre para o Chile, também no primeiro negócio com aquele país.
A habilitação do abatedouro para o mercado chinês, alcançada em março deste ano, é meta antiga e valiosa para a cooperativa, com apoio do Ministério da Agricultura e Pecuária e da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
"A abertura desse mercado coloca o Frigorífico de Aves em outro patamar de competitividade e excelência na qualidade dos seus produtos. Além da exportação de carne de frango da própria Languiru, as futuras parcerias também terão o benefício de poder exportar para a China. Isso é um diferencial da planta do tamanho da cooperativa, de poder usar o máximo da capacidade da sua estrutura para abates diários e assim tornar o frigorífico viável", destaca o dirigente da cooperativa, que também obteve, no começo de maio, habilitação para exportar às Filipinas.
Com investimentos em máquinas, tecnologias e estruturas do Frigorífico de Aves, a Languiru está ampliando seu espaço no Exterior. O movimento é tido como “fundamental” para a retomada do crescimento no segmento da avicultura.
O abatedouro também obteve, recentemente, habilitação para exportar para África do Sul e Canadá, além de já exportar para cerca de 50 países com alto nível de exigências. O peito de frango desossado, dorso, pé, asa inteira e coxa americana, são alguns dos produtos em destaque para a exportação.
De acordo com dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a China importa anualmente cerca de 700 mil toneladas de pés de frango do Brasil. E esse número tende a crescer nos próximos anos.

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