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Publicada em 29 de Maio de 2024 às 17:12

Abimaq projeta queda de 18% na venda de máquinas agrícolas em 2024

Comercialização de tratores caiu 19,8% no primeiro quadrimestre do ano comparado a 2023

Comercialização de tratores caiu 19,8% no primeiro quadrimestre do ano comparado a 2023

ANDRESSA PUFAL/JC
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Claudio Medaglia
Claudio Medaglia Repórter
A estimativa de queda nas vendas da indústria de máquinas e equipamentos agrícolas em 2024 no País foi ampliada para 18%. O aumento das perdas se relaciona à catástrofe climática que atinge o Rio Grande do Sul, com reflexo nos negócios do setor, o mais impactado da economia, conforme a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
A estimativa de queda nas vendas da indústria de máquinas e equipamentos agrícolas em 2024 no País foi ampliada para 18%. O aumento das perdas se relaciona à catástrofe climática que atinge o Rio Grande do Sul, com reflexo nos negócios do setor, o mais impactado da economia, conforme a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
O relatório do primeiro quadrimestre, apresentado nesta quarta-feira (29), mostra queda de 31,7% no faturamento líquido na comparação com os primeiros quatro meses de 2023 e de 26,4% nos últimos 12 meses. A venda de tratores totalizou 4.416 unidades, no quadrimestre janeiro-abril, o que representou queda de 19,8% na comparação com o mesmo período do ano passado, enquanto nas colheitadeiras o tombo chegou a 32,6%. Em faturamento, a redução foi de 29,3% e 58,3%, respectivamente.

Leia mais: Venda de máquinas e equipamentos agrícolas cai 35,8% no 1º trimestre

O presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da entidade, Pedro Estêvão, atribui parte do aumento no corte das projeções ao impacto da necessidade de reconstrução do Estado. E ponderou que o resultado final dependerá muito das iniciativas do governo federal para o próximo Plano Safra e de apoio aos produtores rurais gaúchos.
A sinalização é de que cerca de 140 mil agricultores tenham sido atingidos, principalmente pequenos. Ações do governo podem reduzir um pouco as perdas no Rio Grande do Sul. As enchentes não afetaram tanto as áreas de soja e milho, que são as de maior mercado. Mas temos de esperar para ver como será a movimentação para recomposição das propriedades e da infra-estrutura”.
Conforme, Cristina Zanella, diretora divisional de Economia, Estatística e Competitividade da Abimaq, o Rio Grande do Sul produz 20% das máquinas do País, sendo 52% para o setor agropecuário. Ela acredita, porém, que alguns setores produtivos serão amplamente demandados em função da catástrofe no Estado. Máquinas para infraestrutura e construção civil deverão ter crescimento nas vendas, o que pode ajudar a recuperar parte das perdas.
“Mas ainda dependemos de informações oficiais sobre os prejuízos no Rio Grande do Sul para que possamos efetivamente projetar o cenário. E isso deve acontecer somente no segundo semestre”.

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