O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, anunciou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e fabricantes de carnes vão organizar uma rede de logística para a distribuição de proteína animal ao Rio Grande do Sul, a pedido do chefe do Executivo. De acordo com ele, a distribuição à população gaúcha irá durar o tempo necessário.
• LEIA TAMBÉM: Sistema CNA/Senar lança ação para reconstruir a agropecuária gaúcha"Essa não foi uma reunião especificamente para falar do setor de proteína animal. Não foi falado de demandas, de necessidades do setor. Essa foi uma reunião que o presidente me pediu na quinta-feira para que eu chamasse as atividades representativas da classe", comentou Fávaro. No encontro, os empresários se comprometeram em
doar mais de 2 milhões de kg de carne com hubs logísticos, o que deve equivaler a 6 milhões de refeições.
A rede logística para a distribuição de proteína, segundo Fávaro, terá caráter "permanente" e será organizada pelas entidades setoriais e governo. "Vamos fazer essa rede pelo tempo que for necessário para distribuir proteína de qualidade", comentou.
Segundo o ministro, na crise no Rio Grande do Sul, foi observada uma dificuldade de fazer com que cheguem proteínas para cesta básica ao Estado. Fávaro afirmou que foram identificados
590 pontos de cozinha fazendo a alimentação no Estado. A distribuição, segundo ele, será alinhada com o governo do Rio Grande do Sul e também deve abranger cozinhas solidárias.
As proteínas, de acordo com Fávaro, já estão chegando à população gaúcha. "Já tem carne hoje lá. O que vamos fazer a partir de agora é criar rapidamente esse grupo de trabalho. O hub logístico já está lá, já tem carne disponibilizada", afirmou.
Aproximação com AgroNo início do ano, Lula fez encontro com setores do agro na Granja do Torto como forma de se aproximar da categoria. De acordo com Fávaro, tais reuniões com o chefe do Executivo foram suspensas diante da tragédia no Rio Grande do Sul.
Segundo o ministro, Lula ficou "tão sensibilizado" com a ajuda do setor ao Estado que "falou que vai chamar outros setores da economia para ajudar de forma organizada". "Estamos percebendo que não é simples: doei e acabou."