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Nova fábrica da Mahindra será em Araricá, no Vale do Sinos
Unidade será construída em área de 9,2 hectares à margem da RS-239 e deverá começar a operar ainda neste ano
Por JC
Claudio Medaglia e Eduardo Torres
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Claudio Medaglia e Eduardo Torres
Será em uma área de 9,2 mil metros quadrados às margens da RS-239, em Araricá, no Vale do Sinos, a nova unidade industrial da fabricante de tratores indiana Mahindra no Rio Grande do Sul. A informação foi confirmada pela administração do município escolhido.
O detalhamento da operação ocorrerá durante a divulgação em coletiva de imprensa marcada para a próxima terça-feira, 20 de fevereiro, no Palácio Piratini. Na oportunidade, estarão presentes o vice-presidente da Mahindra Américas, Viren Popli , e o CEO da Mahindra Brasil, Jak Torretta Junior, ao lado do governador Eduardo Leite.
Leia mais: Manindra deve anunciar destino de nova fábrica de tratores em fevereiro
Conforme anunciado ainda no ano passado, a Mahindra pretende erguer uma fábrica, no primeiro momento, com 14 mil metros quadrados de área construída, mas com possibilidade de expandir para até 30 mil metros quadrados. A obra será erguida na altura dos km 33 e 34 da rodovia, no bairro Campo da Brazina. O terreno foi adquirido pela Mahindra. Ali deverá funcionar a unidade de produção de tratores da marca indiana.
Quem comemorou – e muito – foi o prefeito de Araricá, Flávio Foss (União Brasil), que almejava conquistar o empreendimento. Desde que a Mahindra começou a se movimentar em busca de uma nova área na região, Foss determinou à sua equipe foco total no auxílio à empresa, no atendimento das demandas possíveis e no empenho de todos os esforços para viabilizar a escolha pela cidade.
“Estamos trabalhando há quase um ano, auxiliando na busca do terreno que atendesse às características desejadas pela Mahindra. Além de ficar à margem de uma rodovia com duas mãos, eles também queriam que houvesse uma rua de fundos, para escoamento da produção. E encontramos todo esse conjunto ali, na saída pela Rua Porto Palmeira. Mas a confirmação veio somente há cerca de dois meses, quando a empresa efetuou a compra do terreno, o pagamento do ITBI e solicitou o licenciamento ambiental junto à Fepam”, conta o prefeito.
A Mahindra não fala sobre o negócio, mas Foss acredita que até agosto a unidade deverá estar em funcionamento. “Para o ano que vem, quando a produção estiver a pleno, entre 400 e 500 funcionários deverão trabalhar no local”, diz.
O esforço para levar a fábrica para Araricá se justifica pela necessidade de ampliar a arrecadação. Por isso, a área industrial já totaliza mais de 40 hectares no município. Com a chegada da Mahindra, o prefeito Foss espera dobrar ou até triplicar o ingresso de recursos em até dois anos.
“Ganha Araricá, mas também ganha a região. Com a empresa aqui, seus fornecedores deverão querer estar próximos. Isso vai gerar empregos e movimentar a economia”.
Conforme divulgado anteriormente, a empresa projeta investimentos de ate R$ 400 milhões até 2026 - seriam R$ 100 milhões no primeiro momento -, com a geração de 500 novos empregos no novo empreendimento. Em 2023, a Mahindra chegou a adiantar que a futura indústria seria na Região Metropolitana.
Araricá venceu a concorrência com Canoas, Esteio, Nova Santa Rita e até Dois Irmãos, onde a Mahindra já opera desde 2016. Na sua atual planta industrial, a Mahindra produz 1,9 mil tratores por ano. Essa produção dará um salto para 8 mil tratores anuais, como informou a Mahindra no ano passado.
Em Dois Irmãos, o prefeito Jerri Meneghetti (PP) disse não ter conseguido saber sobre as decisões da empresa indiana antes o vazamento do local da nova fábrica. Ele também não sabe se a estrutura da empresa na cidade será mantida ou desativada.
“Fizemos um grande esforço. Queríamos que eles permanecessem aqui. Mas havia dificuldades em encontrar um terreno como eles buscavam. Fizemos o acompanhamento com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e junto à Fepam. Procuramos falar sobre a nossa lei de incentivo às indústrias”.
Apesar da frustração, o político destaca que o município vem se tornando atrativo para novos empreendimentos. Nos últimos três anos, foram mais de R$ 250 milhões investidos em novas iniciativas. “Há iniciativas chegando. Nosso distrito industrial está todo ocupado, e ainda outras empresas negociando”, diz Meneghetti.