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Publicada em 22 de Fevereiro de 2024 às 19:13

Vitrines tecnológicas apresentam as últimas novidades para lavouras em terras baixas

Novas cultivares e rotação de culturas fazem parte desta ação que acontece na Abertura da Colheita do Arroz

Novas cultivares e rotação de culturas fazem parte desta ação que acontece na Abertura da Colheita do Arroz

Carlos Queiroz/divulgação/jc
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A área destinada às vitrines tecnológicas são uma atração à parte durante a 34ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas, realizada até esta sexta-feira (23) na Estação Experimental da Embrapa Clima Temperado, em Capão do Leão (RS). Com visitação guiada pela manhã, a partir das 7h30min, e livre à tarde, até às 16h, no local estão demonstradas as últimas novidades em tecnologias para a lavoura de arroz e demais grãos.“Nossas vitrines no evento, mais uma vez, estão buscando o que há de melhor disponível hoje para a produção de grãos em terras baixas, não só do arroz”, destacou o diretor técnico da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), o engenheiro agrônomo André Matos. Segundo ele, o espaço tem a presença de empresas de melhoramento genético, de proteção de cultivos de arroz, soja, milho e de pastagens, em um roteiro de muita informação, onde o produtor pode trocar experiências com pesquisadores das áreas privada e pública.As vitrines contam ainda, com as principais universidades gaúchas, Epagri, além é claro, do Irga e Embrapa. “São mais de 40 vitrines tecnológicas disponíveis num roteiro onde o produtor consegue ver todos os passos da produção em terras baixas, da semente à proteção de cultivos”, ressaltou Matos.Além das áreas demonstrativas do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) e Embrapa, estão presentes as principais empresas de agroinsumos e também de produtos biológicos, uma tendência das lavouras atuais, que estão migrando à utilização destes produtos, menos agressivos ao meio ambiente, informou o coordenador regional do Irga Zona Sul, engenheiro agrônomo Igor Kohls.Segundo ele, os produtos biológicos têm sua maior eficiência em ambientes de rotação de culturas. “No monocultivo não se obteve sucesso”, disse. Na Zona Sul, em que 70% do arroz é cultivado em rotação com a soja, há as condições necessárias para que os produtos biológicos sobrevivam e cumpram o seu papel na proteção contra doenças e insetos, informou o agrônomo.O Irga apresenta durante o evento, sistemas de produção integrada em terras baixas, onde se encaixa além do arroz, a soja, o milho e as coberturas de inverno. “O nosso carro-chefe ainda é o arroz, mas se sabe que o grão sozinho impossibilita uma maior rentabilidade na lavoura”, ressaltou.No arroz, o foco é o programa de melhoramento do Irga, com demonstrações das três cultivares mais utilizadas nas lavouras do Estado, a 424 RI, presente em mais de 60% da área, a 431 e a 426 lançadas na safra passada, todos com tecnologia Clearfield. Estão sendo apresentadas ainda outras três linhagens, uma delas a cultivar Irga 432, lançada nesta abertura, que possui um material de ciclo mais precoce e deve proporcionar a diversificação no escalonamento da colheita.Além destes, outros dois materiais estão em estágio avançado no programa de melhoramento, observou Kohls. “Provavelmente, no ano que vem, um deles, se aprovado nos últimos ensaios, de cocção e brusone, deve se tornar cultivar”. Ainda na área de melhoramento, são apresentados os benefícios do sistema integrado do cultivo do arroz, após a rotação de culturas normalmente com a soja e a questão da sustentabilidade. “Com área menor, estamos conseguindo manter a produção sem risco de desabastecimento e poluindo menos o ambiente, ou seja com menos emissão de CO2”, ressaltou.O milho também está incluso na rotação de culturas, trabalho realizado pelo Irga há mais de dez anos com experimentos em terras baixas. “É apresentado um material considerado um dos melhores em produtividade em ensaios na estação de Santa Vitória do Palmar, com diferentes níveis de adubação ao produtor que pretende entrar na cultura e precisa saber até que ponto pode investir", colocou o agrônomo. “Em sistema de camalhão e irrigação, pode ser explorado todo o potencial genético do material e com adubação pesada”, disse.Na soja, é apresentada a importância da variabilidade genética para as terras baixas, que têm como grande gargalo hoje, a drenagem. “O Irga vem testando há algum tempo o comportamento dos materiais de outras empresas em relação ao excesso hídrico”, informou, ressaltando que são apresentados três materiais, um suscetível, um intermediário e outro tolerante. “Uma das parcelas foi inundada por seis dias e a tolerante foi a única que sobreviveu. As outras duas não tiveram bom desenvolvimento e morreram”, ressaltou Igor Kohls.O Irga está presente também na área de 0,8 hectare, colhida na quinta-feira, 22 de fevereiro, durante o ato oficial de abertura da colheita. Metade da área foi semeada com a variedade Irga 426, lançada no ano passado e disponível já este ano aos produtores. A outra metade está semeada com a variedade da Embrapa BRS Pampa CL.
A área destinada às vitrines tecnológicas são uma atração à parte durante a 34ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas, realizada até esta sexta-feira (23) na Estação Experimental da Embrapa Clima Temperado, em Capão do Leão (RS). Com visitação guiada pela manhã, a partir das 7h30min, e livre à tarde, até às 16h, no local estão demonstradas as últimas novidades em tecnologias para a lavoura de arroz e demais grãos.

“Nossas vitrines no evento, mais uma vez, estão buscando o que há de melhor disponível hoje para a produção de grãos em terras baixas, não só do arroz”, destacou o diretor técnico da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), o engenheiro agrônomo André Matos. Segundo ele, o espaço tem a presença de empresas de melhoramento genético, de proteção de cultivos de arroz, soja, milho e de pastagens, em um roteiro de muita informação, onde o produtor pode trocar experiências com pesquisadores das áreas privada e pública.

As vitrines contam ainda, com as principais universidades gaúchas, Epagri, além é claro, do Irga e Embrapa. “São mais de 40 vitrines tecnológicas disponíveis num roteiro onde o produtor consegue ver todos os passos da produção em terras baixas, da semente à proteção de cultivos”, ressaltou Matos.

Além das áreas demonstrativas do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) e Embrapa, estão presentes as principais empresas de agroinsumos e também de produtos biológicos, uma tendência das lavouras atuais, que estão migrando à utilização destes produtos, menos agressivos ao meio ambiente, informou o coordenador regional do Irga Zona Sul, engenheiro agrônomo Igor Kohls.

Segundo ele, os produtos biológicos têm sua maior eficiência em ambientes de rotação de culturas. “No monocultivo não se obteve sucesso”, disse. Na Zona Sul, em que 70% do arroz é cultivado em rotação com a soja, há as condições necessárias para que os produtos biológicos sobrevivam e cumpram o seu papel na proteção contra doenças e insetos, informou o agrônomo.

O Irga apresenta durante o evento, sistemas de produção integrada em terras baixas, onde se encaixa além do arroz, a soja, o milho e as coberturas de inverno. “O nosso carro-chefe ainda é o arroz, mas se sabe que o grão sozinho impossibilita uma maior rentabilidade na lavoura”, ressaltou.

No arroz, o foco é o programa de melhoramento do Irga, com demonstrações das três cultivares mais utilizadas nas lavouras do Estado, a 424 RI, presente em mais de 60% da área, a 431 e a 426 lançadas na safra passada, todos com tecnologia Clearfield. Estão sendo apresentadas ainda outras três linhagens, uma delas a cultivar Irga 432, lançada nesta abertura, que possui um material de ciclo mais precoce e deve proporcionar a diversificação no escalonamento da colheita.

Além destes, outros dois materiais estão em estágio avançado no programa de melhoramento, observou Kohls. “Provavelmente, no ano que vem, um deles, se aprovado nos últimos ensaios, de cocção e brusone, deve se tornar cultivar”. Ainda na área de melhoramento, são apresentados os benefícios do sistema integrado do cultivo do arroz, após a rotação de culturas normalmente com a soja e a questão da sustentabilidade. “Com área menor, estamos conseguindo manter a produção sem risco de desabastecimento e poluindo menos o ambiente, ou seja com menos emissão de CO2”, ressaltou.

O milho também está incluso na rotação de culturas, trabalho realizado pelo Irga há mais de dez anos com experimentos em terras baixas. “É apresentado um material considerado um dos melhores em produtividade em ensaios na estação de Santa Vitória do Palmar, com diferentes níveis de adubação ao produtor que pretende entrar na cultura e precisa saber até que ponto pode investir", colocou o agrônomo. “Em sistema de camalhão e irrigação, pode ser explorado todo o potencial genético do material e com adubação pesada”, disse.

Na soja, é apresentada a importância da variabilidade genética para as terras baixas, que têm como grande gargalo hoje, a drenagem. “O Irga vem testando há algum tempo o comportamento dos materiais de outras empresas em relação ao excesso hídrico”, informou, ressaltando que são apresentados três materiais, um suscetível, um intermediário e outro tolerante. “Uma das parcelas foi inundada por seis dias e a tolerante foi a única que sobreviveu. As outras duas não tiveram bom desenvolvimento e morreram”, ressaltou Igor Kohls.

O Irga está presente também na área de 0,8 hectare, colhida na quinta-feira, 22 de fevereiro, durante o ato oficial de abertura da colheita. Metade da área foi semeada com a variedade Irga 426, lançada no ano passado e disponível já este ano aos produtores. A outra metade está semeada com a variedade da Embrapa BRS Pampa CL.

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