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Nova diretoria da Languiru quer profissionalizar gestão
Nova diretoria pretende promover uma transformação na forma de governança da cooperativa
Se for aprovada pelos associados da Cooperativa Languiru, na assembleia geral extraordinária agendada para este sábado (29), a nova diretoria deverá lançar mão de um processo de transformação na forma de governança da empresa. A única chapa inscrita para substituir o ex-presidente Dirceu Bayer, que ficou 21 anos à frente da cooperativa, e todo o Conselho de Administração, que apresentou renúncia coletiva no último dia 17, quer profissionalizar a gestão para tentar sair da crise.
Encabeçado pelo produtor rural Paulo Roberto Birck, associado desde 2013, o grupo deve ser aclamado para conduzir a cooperativa em mandato tampão, até março de 2024. Nesse período, a ideia é contratar profissionais com experiência no mercado e dar autonomia às equipes para atuarem com base científica, para a construção de uma administração mais profissional.
“A diretoria passaria a ter papel estratégico, mas as equipes que atuam junto a cada setor seriam formadas por pessoas com perfil e capacidade técnica para ocuparem esses postos”, explica Fábio Luiz Secchi, candidato a vice-presidente na chapa e ex-integrante de comissões internas da Languiru na administração anterior.
O grupo já vem conversando com as equipes internas da cooperativa, levantando informações sobre o cenário atual. Uma empresa deverá ser contratada para fazer um relatório detalhado sobre a situação contábil, que servirá como guia para a definição das estratégias e medidas a serem adotadas a partir do início da nova gestão.
O discurso do grupo é por fortalecer o espírito de união entre os cooperados para trabalharem juntos com foco na reestruturação da cooperativa. “É fato que passamos por um contexto de dificuldades para os segmentos de carne e de proteína animal, agravado pela disparada nos preços das principais commodities. Mas a Languiru fez, nos últimos dois anos, algumas apostas que não se consolidaram. E isso gerou impacto importante para chegarmos ao ponto em que estamos hoje”, observa Secchi.
Procurado pelo Jornal do Comércio, Birck avisou que falaria somente após a assembleia. Ao Grupo A Hora, que atua em uma multiplataforma de comunicação no Vale do Taquari, entretanto, ele projetou que o movimento inicial de sua administração será para conhecer os números fiscais e que os encontros realizados ao longo desta semana com os técnicos visam antecipar movimentos, em especial devido às dificuldades no fornecimento de rações dentro do sistema de integração dos segmentos de aves e suínos. E que o convênio da bacia leiteira com a Lactalis, firmado no final de março, também está em análise. “Isso será em um segundo momento. Vamos conhecer o contrato e buscar conversar. Não podemos tomar uma decisão precipitada”, disse ao A Hora.
Juntos, os setores de leite, aves e suínos representam quase 70% do faturamento da cooperativa, que chegou a R$ 2,7 bilhões em 2022, mas não impediu um resultado líquido negativo em R$ 123,3 milhões. “Apesar das dificuldades, queremos unir os associados, aprender com os erros, não repeti-los e fazer com que a Languiru volte a ser sustentável”, afirmou Birck à imprensa da região.
A CHAPA
A CHAPA
Presidente – Paulo Roberto Birck
Vice-presidente – Fábio Luiz Secchi
Secretário – Fredi Haupenthal
Conselho de Administração Efetivo - Thelmo Franke, Elmar Kalkmann, Davi Gass e Fábio Weber
Conselho de Administração Suplente - Sirlei Aschebrock, Carina Stevens, Loiva Trapp e Douglas Lamb
Vice-presidente – Fábio Luiz Secchi
Secretário – Fredi Haupenthal
Conselho de Administração Efetivo - Thelmo Franke, Elmar Kalkmann, Davi Gass e Fábio Weber
Conselho de Administração Suplente - Sirlei Aschebrock, Carina Stevens, Loiva Trapp e Douglas Lamb