Ações coordenadas pelos três níveis de governo para a prevenção da influenza aviária no Rio Grande do Sul foram pauta de reunião realizada nesta sexta-feira (10), entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), além de prefeituras de municípios próximos a sítios de aves migratórias ou à fronteira com o Uruguai e a Argentina, que já têm casos registrados da enfermidade.
A divulgação de medidas de biosseguridade para pequenos produtores de subsistência é o ponto focal da estratégia entre as entidades para evitar o ingresso da influenza aviária em unidades de produção avícolas gaúchas.
“Estamos colocando em prática o princípio da responsabilidade compartilhada em vigilância. É preciso dar atenção às atividades de criação de subsistência, e as prefeituras e secretarias municipais, sendo próximas a esses pequenos produtores, podem ajudar muito na orientação e conscientização”, pontuou a diretora de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Seapi, Rosane Collares.
“É muito importante que haja uma estrutura mínima para manter as aves domésticas fechadas e evitar o contato desses animais com aves silvestres”, complementou a fiscal e médica veterinária Ananda Paula Kowalski, do Programa Estadual de Sanidade Avícola.
A Seapi se colocou à disposição para que as prefeituras e secretarias municipais entrem em contato com as inspetorias locais a fim de organizarem encontros com os produtores, para orientações e recomendações a respeito da influenza aviária. O prefeito de Tavares, Gardel Machado de Araújo, informou que, na próxima semana, haverá uma atividade de conscientização no município, em parceria com a prefeitura de Mostardas e a inspetoria de defesa agropecuária local.
A Famurs promoverá, na próxima semana, sua Assembleia de Verão, e deve aproveitar a ocasião para distribuir aos participantes materiais informativos sobre influenza aviária, produzidos pela Seapi, o Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) e a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
Outra informação importante a destacar junto à população dos municípios é a necessidade da notificação rápida de qualquer suspeita de influenza aviária. “Várias outras enfermidades têm sinais respiratórios e nervosos, e só o Serviço Veterinário Oficial pode fazer essa averiguação in loco. Qualquer evento diferente nas aves precisa ser notificado para as unidades locais”, frisou Rosane. Os canais de notificação e demais informações sobre a influenza aviária podem ser consultados na página www.agricultura.rs.gov.br/gripeaviaria.
Também participaram da reunião o coordenador administrativo da Superintendência do Mapa no Rio Grande do Sul, José Ricardo Cunha; o presidente executivo da Asgav, José Eduardo dos Santos; o presidente da ABPA, Ricardo Santin; e o gestor ambiental do Parque Nacional da Lagoa do Peixe, Riti Soares dos Santos.
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