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Mercado

- Publicada em 07 de Outubro de 2022 às 18:14

Arrozeiros vão a Brasília em busca de medidas para o setor

Produção do cereal, segundo a entidade que representa os arrozeiros, vem encolhendo no RS

Produção do cereal, segundo a entidade que representa os arrozeiros, vem encolhendo no RS


Federarroz/Divulgação JC
Claudio Medaglia
O enxugamento de cerca de 100 mil hectares na área a ser cultivada com arroz no Rio Grande do Sul nesta safra, assim como a sinalização de uma tendência de redução progressiva de espaço à cultura, preocupa não apenas os produtores gaúchos, mas também o governo federal. O tema foi abordado por representantes da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) em encontro com o ministro da Agricultura, Marcos Montes, nesta semana, em Brasília.
O enxugamento de cerca de 100 mil hectares na área a ser cultivada com arroz no Rio Grande do Sul nesta safra, assim como a sinalização de uma tendência de redução progressiva de espaço à cultura, preocupa não apenas os produtores gaúchos, mas também o governo federal. O tema foi abordado por representantes da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) em encontro com o ministro da Agricultura, Marcos Montes, nesta semana, em Brasília.
Responsável por 70% da produção nacional, o Rio Grande do Sul vem encolhendo o tamanho das lavouras em detrimento de culturas que oferecem mais rentabilidade, especialmente a soja e o milho. Conforme o presidente da Federarroz, Alexandre Velho, os custos com a lavoura subiram cerca de 60% em dois anos, sobrecarregando os produtores e encolhendo drasticamente a margem de lucro.
“Os fertilizantes dobraram de preço, e os combustíveis, triplicaram. É preciso adotar medidas estruturais capazes de devolver a atratividade e a competitividade do arroz produzido no Rio Grande do Sul, sob pena de ficarmos dependentes de grãos importados dos Estados Unidos”, advertiu o dirigente.
Alexandre Velho disse que o governo manifestou apreensão quanto ao movimento de redução de área plantada, mas não escondeu que, se as dificuldades do setor não forem contornadas, esse será um caminho natural.
“O ministro sabe que o arroz brasileiro custa R$ 77,00 a saca de 50 quilos, enquanto o americano chega aqui por R$ 115,00 e qualidade muito inferior. O governo precisa fazer a parte dele, ou cada vez menos o produtor irá investir na cultura”, sentenciou.
Durante a reunião, o líder arrozeiro também pediu a interveniência da União para proporcionar a realização de um acordo comercial com o México, que é um grande importador do cereal e busca no Brasil 20% de sua demanda externa. A ideia será buscar um modelo de negócio em que o México reduza o imposto de importação para o produto nacional, o que hoje facilita a entrada do arroz uruguaio naquele país.
“Enquanto isso, nós ficamos à mercê da diminuição da tarifa para poder exportar um volume maior", lamentou.
Participaram do encontro, ainda, o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Guilherme Bastos, e o diretor de comercialização da pasta, Sílvio Farnese. O presidente da Embrapa, Celso Moretti, o chefe-geral da Embrapa Clima Temperado, Roberto Pedroso, e o deputado federal Alceu Moreira também acompanharam a reunião.
Ainda na Capital Federal, a Federarroz cumpriu agendas junto à Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), com o objetivo de buscar apoio na abertura de novos mercados para o arroz brasileiro, como o Panamá.
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