A Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) e a Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac) divulgaram notas nesta terça-feira (11) manifestando a apoia o processo de retirada da vacinação contra a febre aftosa em território gaúcho. Segundo ambas as entidades, as decisões foram tomadas após votações de seus associados (sindicatos rurais, no caso da Farsul, e associações de criadores, na Febrac). A Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag) já havia se manifestado favoravelmente à mudança de status sanitário.
Na semana passada, servidores da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) reuniram-se com auditores do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para avaliar a possibilidade de retirada da vacinação contra a febre aftosa no rebanho bovino do Rio Grande do Sul. Nas reuniões, foram apresentados documentos referentes a 18 pontos de melhorias no serviço veterinário que foram levantados pela auditoria realizada no ano passado.
A expectativa da Seadpr é que já haja um retorno por parte do Mapa até o início da próxima semana. Com o reconhecimento do Mapa do Rio Grande do Sul como área livre de aftosa sem vacinação, o pleito do governo gaúcho já poderia ser enviado à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), para uma decisão do órgão em maio de 2021.
A Farsul afirmou que a entidade está ciente das responsabilidades que cairão sobre os produtores, especialmente quanto a vigilância no campo. Entretanto, destacou a necessidade de que, após a conclusão do processo, haja a garantia do Poder Público “de que as medidas apresentadas serão, efetivamente, colocadas em prática para que aquele que é o principal interessado, o produtor rural, tenha tranquilidade em exercer sua atividade sabendo que está respaldado jurídica e sanitariamente”.