Com mais de 150 pacientes nas emergências aguardando leito intensivo e UTIs perto de 100% da ocupação nesta sexta-feira (26), o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, reagiu com força, em vídeo nas redes sociais, ao anúncio do governador Eduardo Leite de
adoção de bandeira preta a partir deste sábado (27) em todo o Estado, que
registra ocupação em UTI perto do esgotamento:
"Manifesto minha discordância do senhor governador, que fechou a cidade", afirmou Melo. Segundos antes, ele defendeu a manutenção da atividade econômica "que dá dignidade e bota comida na mesa das pessoas".
Leite anunciou o nível máximo de restrição após suspender a cogestão e o Estado atingir o
último nível do plano de emergência na saúde. Na cogestão, as cidades podiam flexibilizar as medidas - mesmo com risco altíssimo da bandeira preta, as pessoas poderiam ter suas vidas na vermelha, de alto risco, mas que permite atividades não essenciais ainda abertas, com limitações.
O prefeito, que teve como uma das plataformas na campanha eleitoral a preservação dos setores abertos, mesmo em momentos de agravamento e pressão sobre a estrutura de saúde, renovou a orientação ao assumir o cargo em 1º de janeiro e, nos últimos dias, manteve a defesa.
"A cidade perdeu no abre e fecha no ano passado", alega o gestor, que garantiu:"Salvar vidas é o que estamos fazendo todos os dias aqui na prefeitura de Porto Alegre".
Segundo ele, o "salvar vidas" se traduz em ações como a busca de vacinas, ampliação de leitos, aumento de testagens e combate à irresponsabilidade das festas clandestinas. Melo diz ainda que poderia adotar mais restrições, mas não citou quais seriam.
Veja a postagem no Twitter de Melo: