Passados mais de 30 dias desde a solicitação para reuniões periódicas com o Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, a Frente Nacional de Prefeitos se reuniu na manhã desta sexta-feira (19) pela primeira vez com o titular da pasta. Entre os temas tratados no encontro virtual, a FNP cobrou a necessidade de vacinação para profissionais da educação.
Frente à demanda, Pazuello garantiu que fará adaptações no Plano Nacional de Imunização a fim de incluir profissionais de ensino na priorização da vacina. De acordo com o ministro, este grupo deve ser incluído até o fim de março.
O encontro cobrou ainda medidas do governo federal diante das quantidades e datas que os municípios irão receber as vacinas. O titular da pasta afirmou que a estratégia de vacinação sofrerá alterações. A partir do dia 23, os municípios terão acesso a 4,7 milhões de vacinas e não precisarão fazer reservas para a segunda dose. Pazuello defendeu que o Ministério tem garantia de produção, o que exclui a necessidade de reservas.
Anteriormente, o Ministério da Saúde havia prometido a governadores a entrega de mais de 8 milhões de doses da Coronavac até o fim do mês de fevereiro, apesar disso, o secretário-executivo da pasta, Élcio Franco, afirmou que o cronograma não seria cumprido e culpou o Instituto Butantan pela ocorrência.
Ainda durante a manhã, os prefeitos destacaram a necessidade de uma campanha nacional de vacinação além da habilitação e ampliação de leitos de UTI. O ministro garantiu que "todos os leitos necessários, habilitados e usados serão pagos. Ninguém vai ficar com leito sem poder usar e sem receber pelo uso”.
Nesta semana, a CNM, entidade que representa os líderes municipais, divulgou nota atribuindo aos “os sucessivos equívocos do governo federal” as dificuldades enfrentadas no combate à covid-19 e
pedindo a demissão do ministro.