O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), 40 anos, foi reeleito com 59,38% dos votos válidos. O tucano derrotou Guilherme Boulos (PSOL), que conquistou 40,62% dos votos válidos. Covas era vice de João Doria (PSDB) e chegou ao cargo em abril de 2018, com a renúncia do então prefeito para concorrer ao governo do estado. Embora os dois ainda sejam aliados, o candidato à reeleição escondeu Doria de sua campanha por causa da alta rejeição a ele na cidade.
Explorando a ideia de que representa segurança e alguma previsibilidade, Covas se vendeu ao longo da campanha como um político habilidoso e gestor eficiente, em contraponto à inexperiência de Boulos, que construiu sua trajetória em movimentos sociais e nunca ocupou cargo público.
Sem marcas de governo, o tucano, neto do ex-prefeito e ex-governador Mário Covas (1930-2001), aproveitou o segundo turno mais curto para martelar o discurso de que era o mais preparado.
Isolado em casa com Covid-19, Boulos sequer pode votar. "Para todos aqueles que acreditam na esperança, a gente vai ganhar. Não foi nessa eleição, mas vamos vencer", disse o candidato do PSOL, da sacada de sua casa após a divulgação do resultado.
A disputa no maior colégio eleitoral do País se deu com os vices sob holofotes. O vice de Covas é Ricardo Nunes (MDB), que chega à prefeitura municipal após participação discreta na campanha e colecionando polêmicas. Sua esposa chegou a registrar, em 2011, boletim de ocorrência por agressão. Além disso, a família do hoje vereador recebeu dinheiro de creches conveniadas com a prefeitura para prestação de serviços sem licitação.
Já a vice de Boulos, a ex-prefeita e deputada federal Luiza Erundina (PSOL), assumiu a campanha de rua no sábado, último dia de atividades, quando Boulos precisou se isolar por conta da Covid-19.