O governo do Estado anunciará na próxima quarta-feira (27) como será o retorno gradual às aulas no Rio Grande do Sul. A ideia é que a retomada das atividades seja feita por fases, com o intuito de manter a segurança da comunidade escolar, e priorizando o ensino remoto nesta primeira etapa.
De acordo com o governador Eduardo Leite, a decisão de divulgar o calendário e como se dará essa volta foi consolidada em reunião na manhã desta segunda-feira (25), após avalição dos comitês de análise de dados do Executivo. No anúncio, um dos mais esperados pelos gaúchos, serão explicados ainda os protocolos a serem cumpridos e as etapas previstas para o funcionamento de todas as atividades educacionais no Estado.
Durante live realizada no início da tarde, o chefe do Executivo reafirmou que o retorno dará prioridade ao ensino remoto. "Diante do quadro que temos no Brasil e no Rio Grande do Sul, ainda de muitas incertezas, a situação inspira muito cuidado e atenção, por isso estamos planejando um retorno com fases e prioridade ao ensino remoto ainda, analisando a nossa rede de ensino de 2,8 milhões de alunos gaúchos", disse Leite.
Planejado em fases, o retorno terá datas e regras estabelecidas para cada uma das etapas de ensino, visando a segurança de alunos, pais e profissionais da educação das redes públicas e particulares de todo o Estado. "Nós estamos priorizando o ensino remoto como uma excepcionalidade, eu não acredito que ele substitua o ensino presencial, mas é melhor do que não termos qualquer processo de aprendizagem", enfatizou Leite.
O ensino no Rio Grande do Sul movimenta cerca de 20% da população e está suspenso desde o dia 19 de março, em função das medidas de isolamento social adotadas para enfrentamento à pandemia do coronavírus.
A educação é um dos 12 setores econômicos definidos pelo distanciamento controlado em vigor no Estado e deve ser regrada por protocolos específicos de acordo com cada bandeira regional. Segundo o decreto, essa determinação vale para “aulas, cursos e treinamentos presenciais em todas as escolas, faculdades, universidades, públicas ou privadas, municipais, estaduais ou federais, e demais instituições de ensino, de todos os níveis e graus, bem como em estabelecimentos educativos, de apoio pedagógico ou de cuidados a crianças, incluídas as creches e pré-escolas".