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Plano Mansueto pode antecipar ajuda ao Rio Grande do Sul
Demais Poderes do Estado rechaçam proposta, alternativa ao Regime de Recuperação Fiscal que deve ser votada nesta semana
A complexa e longa negociação envolvendo a adesão do Rio Grande do Sul ao Regime de Recuperação Fiscal (RFF) da União pode ter seu caminho encurtado. Com a crise do coronavírus agravando as dificuldades nos caixas públicos, a Câmara dos Deputados aprovou a urgência na votação do projeto de lei de socorro financeiro aos estados, chamado de Plano Mansueto, e deve fazê-lo ainda nesta semana.
Com relatoria do deputado federal Pedro Paulo (DEM-RJ), o Plano de Promoção do Equilíbrio Fiscal (PLP 149) foi proposto pelo secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, e prevê flexibilizar algumas exigências cobradas de estados e municípios para a liberação de novos financiamentos. A ideia do plano é dar mais opções para que os governos regionais consigam, por exemplo, buscar financiamentos externos especialmente agora, em um momento de forte crise, mas também posteriormente.
De acordo com o secretário da Fazenda do Rio Grande do Sul, Marco Aurelio Cardoso, o Estado deverá aderir ao plano assim que for aprovado. Apesar de não necessariamente facilitar o acesso em relação aos RRF, o Plano Promoção do Equilíbrio Fiscal traz aperfeiçoamentos em relação ao regime inicial proposto pela União, mas seria mais ágil neste momento de crise.
Pelas condições mais críticas de suas finanças, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio Janeiro tinham exigências mais duras do governo federal para receber ajuda, ofertada através do RRF. O Plano Mansueto foi ofertado a outros estados, com condições mais amplas. Na situação excepcional de crise do coronavírus, poderia também ter a adesão do Rio Grande do Sul, o que é visto como uma vantagem pela Fazenda gaúcha.