Hoje a tarifa é de R$ 4,70 e já está em exame na EPTC
pedido de aumento para R$ 5,20 feito pelas empresas de ônibus.
A proposta que pretende reduzir o número de cobradores de ônibus nas linhas da cidade já
começou a ser apreciada em 2019, e os trabalhos legislativos devem ser retomados onde pararam.
O texto da prefeitura retira a necessidade dos cobradores de ônibus em viagens realizadas diariamente das 22h às 04h, aos domingos, feriados, dias de passe livre e em linhas com número reduzido de passageiros.
Segundo a prefeitura, não haverá demissão de funcionários que estão na função. Os profissionais não serão repostos em casos de aposentadoria, pedido de demissão ou dispensa por justa causa e até morte. A intenção é motivar as empresas a capacitar cobradores para atuar em funções como de motorista, abastecedor, fiscal, borracheiro e auxiliar administrativo.
Os vereadores ainda analisarão 11 emendas à matéria, para, aí sim, poderem decidir sobre o texto principal. A previsão é de intensos debates emenda a emenda, em uma tarde em que as galerias da Câmara certamente estarão lotadas de rodoviários protestando contra a medida.
Na última quinta (30) e sexta-feira (31), a pedido do prefeito Marchezan, o presidente da Casa, Reginaldo Pujol (DEM), convocou sessões extraordinárias, adiantando a volta do recesso parlamentar para apreciar o pacote da prefeitura.
A tentativa não foi bem-sucedida. Após consecutivas quedas de quórum, as
sessões foram suspensas. A atividade provocou a reação dos motoristas de aplicativos, que fizeram uma passeata nas ruas da capital, e dos rodoviários, que ameaçaram suspender o serviço de ônibus em Porto Alegre.
A oposição se manifestou contrária ao pacote de medidas, enquanto a própria
base do governo se encontra dividida e não concorda com a integralidade das propostas que estão no Legislativo.