Terminou sem avanços a reunião de negociação entre o governo do Estado e o Cpers/Sindicato,
antecipada para esta terça-feira (7). O encontro foi marcado para tratar sobre o pagamento do ponto dos professores que estão em greve desde o dia 18 de novembro, além do encerramento da paralisação.
Sem a presença do governador Eduardo Leite, estiveram na mesa representantes do sindicato, como a presidente Helenir Schürer, o secretário da Educação, Faisal Karam, e o chefe da Casa Civil, Otomar Vivian (PP). Os representantes dos professores e os do governo devem se reunir novamente nesta quarta-feira (8), às 11h, na Secretaria estadual de Educação (Seduc).
A princípio, o governo tinha prometido chamar a categoria em até 48 horas para apresentar uma resposta para as reivindicações apresentadas pelos professores na reunião de terça. Depois de uma reunião com o líder do governo, o encontro com a resposta do Palácio Piratini foi antecipada. Entre as demandas, a categoria pede o abono do corte do ponto, nenhuma punição aos grevistas e a recuperação das aulas.
"Estamos entrando 49º mês de salários em atraso e a constituição é bem clara: salário deve ser pago até o último dia útil do mês trabalhado. Se vamos falar de ilegalidade, então vamos falar de todas elas", afirmou Helenir em coletiva ao fim da reunião.
Na segunda-feira, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Rio Grande do Sul
emitiu medida cautelar estabelecendo o prazo de 72 horas para que a Seduc apresente um plano de ação para recuperação das aulas do ano letivo. Segundo Faisal, no dia 19 de dezembro foram emitidas para todas as Coordenadorias Regionais de Educação orientações sobre a elaboração do calendário de reposição das aulas.
Conforme balanço mais recente da Seduc, 132 escolas permanecem sem aulas no Estado, de um total de 2,5 mil instituições estaduais em todo o Rio Grande do Sul.