Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Política

- Publicada em 18 de Dezembro de 2019 às 18:15

Sem quórum, vereadores adiam projeto de extinção de cobradores

Rodoviários lotaram as galerias da Câmara e ameaçaram 'parar a cidade' caso projeto não seja retirado

Rodoviários lotaram as galerias da Câmara e ameaçaram 'parar a cidade' caso projeto não seja retirado


Elson Sempé Pedroso/CMPA/JC
Atualizada às 21h32min
Atualizada às 21h32min
Com apenas 18 dos 36 vereadores presentes no plenário da Câmara de Porto Alegre na tarde desta quarta-feira (18), não houve o quórum necessário – que exige um mínimo de 19 parlamentares - para a votação do projeto que prevê a extinção gradual dos cobradores do transporte coletivo de Porto Alegre.
Nas galerias da Câmara, diversos servidores e sindicalistas entoavam gritos contra o prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) e afirmaram aceitar apenas a retirada do projeto, caso contrário garantiram que "Porto Alegre vai parar". O líder do governo, Mauro Pinheiro (Rede), afirmou que a retirada do projeto não é uma possibilidade.
Anterior ao início da votação, vereadores articulavam possíveis emendas ao projeto. O líder da oposição, Roberto Robaina (PSOL), no entanto, afirmou que emendas não seriam garantia nenhuma e reiterou seu voto contrário ao projeto.
Após o encerramento da sessão anunciada pela presidente da casa legislativa, Mônica Leal (PP), sob manifestações fervorosas dos rodoviários presentes, o presidente do Sindicato dos Rodoviários de Porto Alegre, Adair da Silva, afirmou que os servidores irão dar seguimento aos protestos.
A votação do projeto fica para a sessão de hoje, que, inclusive, é última sessão da Câmara de Porto Alegre neste ano.
O projeto prevê a retirada gradativa da função dos cobradores em alguns horários da tabela horária. Num primeiro momento, de acordo com o texto, os cobradores ficariam ausentes nas viagens entre 22h e 4h nos dias úteis, e nos domingos, feriados e dias de passe livre.
A mobilização de motoristas e cobradores começou já pela manhã, com a categoria concentrada nas garagens de algumas empresas de ônibus da Capital, mas sem impedir a saída dos veículos.
Segundo Adair da Silva, os principais pontos de mobilização ocorreram nas garagens da Conorte e da Carris. Em seguida, os trabalhadores saíram em caminhada por avenidas das zonas Norte e Leste da Capital, como o corredor da avenida Bento Gonçalves, gerando transtornos no trânsito. Os rodoviários se deslocaram até a Câmara para acompanhar os debates sobre o projeto.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO