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Política

- Publicada em 03 de Setembro de 2019 às 20:30

Fenaj e Sindjors repudiam 'censura' à exposição na Câmara de Porto Alegre

Exposição 'Independência e Risco' ficou menos de 24 horas exposta na frente do plenário da casa

Exposição 'Independência e Risco' ficou menos de 24 horas exposta na frente do plenário da casa


REPRODUÇÃO VEREADOR MARCELO SGARBOSSA/DIVULGAÇÃO/JC
A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (Sindjors) divulgaram nota em que repudiam, “com veemência”, a atitude de vereadores da Câmara Municipal que decidiram cancelar a exposição Independência e Risco. A mostra é composta por charges e cartuns com críticas ao governo federal.   
A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (Sindjors) divulgaram nota em que repudiam, “com veemência”, a atitude de vereadores da Câmara Municipal que decidiram cancelar a exposição Independência e Risco. A mostra é composta por charges e cartuns com críticas ao governo federal.   

> VÍDEOS JC: Veja as 42 charges e cartuns da mostra proibida

Inaugurada nessa segunda-feira (2), a mostra que satirizava a política do governo Jair Bolsonaro (PSL) foi cancelada em menos de 24 horas. Os materiais estavam em painéis no hall na frente do plenário Otávio Rocha. A presidente da Câmara, vereadora Mônica Leal (PP), considerou o conjunto de 36 cartuns ofensivo ao presidente da República.
Com o título “Ato de censura na Câmara da capital gaúcha”, a nota oficial das entidades de jornalistas ataca nominalmente a “posição do vereador Valter Nagelstein (MDB) de impedir a permanência da exposição de cartuns”.
Em seu Twitter (@valtern), Nagelstein disse que a “exposição é uma ofensa ao presidente do Brasil, que gostem ou não, foi eleito pela vontade soberana do povo. É um acinte e um crime isso estar aqui. Na sede do PT ficaria bem!”. No Facebook, o vereador postou um vídeo de quase 10 minutos mostrando a mostra e fazendo críticas.
A manifestação da Fenaj e Sindjors afirma que a “solicitação do vereador emedebista à presidenta do Legislativo da Capital, imediatamente acatada por ela, é de clara censura e, por isso, absurda e inaceitável”. Relaciona ainda que a postura “vem ao encontro da cruzada liderada por Jair Bolsonaro, contra a imprensa e contra os profissionais que fazem humor”.
Após reconhecer a importância do trabalhas dos autores, as diretoria do sindicato e da federação dos jornalistas repudia “toda atitude de censura, repressão ou cerceamento de trabalho de profissionais da imprensa, assim como defende a total liberdade de expressão e de atuação dos nossos colegas”. "É usando lápis, pincéis e tintas, como arma contra o autoritarismo, a intolerância e a violência, que resiste o jornalismo de opinião”, ressaltam. 
A nota ressalta que um dos trabalhos censurados é do ex-presidente do Sindjors e da Fenaj Celso Augusto Schröder. Outros participantes são Edgar Vasques, Santiago, Vecente, Dóro, Elias, Alexandre Beck, Alisson Affonso, Bier, Bruno Ortiz, Edu Oliveira, Eugênio, Gui Moojen, Hals, Kayser, Koostela, Latuff, Nik e Uberti.
Um ato "contra a Censura e pela Liberdade de Expressão" foi chamado pelo Facebook para esta quinta-feira (5) em frente à Câmara, entre 12h30min e 15h30min.
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