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Meio ambiente

- Publicada em 27 de Agosto de 2019 às 03:00

G-7 oferece 20 milhões para combater queimadas

No último dia do encontro do G-7 (Estados Unidos, França, Reino Unido, Alemanha, Japão, Itália e Canadá), em Biarritz, na França, o presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou um acordo de 20 milhões de euros (pouco mais de R$ 90 milhões) para uma ajuda emergencial contra as queimadas na Amazônia .
No último dia do encontro do G-7 (Estados Unidos, França, Reino Unido, Alemanha, Japão, Itália e Canadá), em Biarritz, na França, o presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou um acordo de 20 milhões de euros (pouco mais de R$ 90 milhões) para uma ajuda emergencial contra as queimadas na Amazônia .
Segundo informou o presidente francês, entre outros pontos, a ajuda virá no envio de aviões da Canadair para o combate a incêndios na região. Além da frota aérea, o G-7 concordou com uma assistência de médio prazo para o reflorestamento, a ser apresentado na Assembleia Geral da ONU no final de setembro, para o qual o Brasil terá que concordar em trabalhar com ONGs e populações locais.
Essa "iniciativa para a Amazônia" foi anunciada ao final de uma sessão da cúpula do G-7 dedicada ao meio ambiente , durante a qual foi discutida a situação na Amazônia, que tem provocado grande preocupação internacional.
Macron tornou a situação na Amazônia uma das prioridades da cúpula, apelando no sábado para uma "mobilização de todos as potências" para lutar contra as queimadas e em favor do reflorestamento. "Devemos responder ao apelo da floresta que hoje arde na Amazônia de uma maneira muito concreta", acrescentou, após desafiar o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro.
O líder francês acrescentou ainda que a ajuda virá respeitando a soberania de cada país da região, mas construindo uma governança que inclua diferentes atores. "A Amazônia é uma floresta repartida entre nove Estados. Juridicamente falando, cada Estado é soberano. Devemos construir uma iniciativa que permitirá reflorestar a Amazônia, mas que seja respeitosa da soberania de cada um, do papel das regiões, e a Guiana Francesa será plenamente associada dos estados do Brasil, dos povos nativos, que são os que fazem viver essa floresta há milênios, e que não podem ser excluídos dessa transição. É preciso encontrar a boa governança", detalhou.
O presidente francês deixou ainda em aberto a questão do debate da internacionalização jurídica da Amazônia. "Não é o caso de nossa iniciativa, hoje, mas é um verdadeiro caso que se coloca se um Estado soberano tomasse de maneira clara e concreta medidas que se opõem ao interesse de todo o planeta", disse. "As conversas entre (Sebastián) Piñera (presidente do Chile) e Bolsonaro não vão nessa direção, acho que ele está ciente desse assunto. Em qualquer caso, quero viver com essa esperança."
Segundo os números mais recentes, 79.513 incêndios florestais foram registrados no Brasil desde o início do ano, com pouco mais da metade na Amazônia. Sob pressão internacional, o Brasil finalmente entrou em ação no domingo, enviando dois aviões Hércules C-130.

Bolsonaro questiona intenções do presidente francês na região

Jair Bolsonaro fez críticas à imprensa, sem responder a jornalistas

Jair Bolsonaro fez críticas à imprensa, sem responder a jornalistas


/ANTONIO CRUZ/AGÊNCIA BRASIL/JC
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) questionou, nesta segunda-feira (26), as intenções que estariam por trás das anunciadas ajudas internacionais para combater incêndios na Amazônia, após o presidente da França, Emmanuel Macron, anunciar que os países do G-7 darão ao menos US$ 20 milhões para combater as queimadas.
"Macron promete ajuda de países ricos à Amazônia. Será que alguém ajuda alguém, a não ser uma pessoa pobre, né?, sem retorno? O que ele está de olho na Amazônia?", disse Bolsonaro em pronunciamento a jornalistas ao deixar o Palácio da Alvorada, recusando-se a responder questionamentos dos repórteres.
Em uma fala recheada de ataques à imprensa, a qual acusou várias vezes de mentir, Bolsonaro também disse que prefere fazer quatro anos de um bom governo do que oito anos de um governo ruim. Ele também negou se preocupar com reeleição, apesar de repetidos pronunciamentos públicos que fez recentemente, nos quais afirmou que pretende entregar um país melhor em 2022, ou em 2026, ao seu sucessor. "O dia em que eu me preocupar com reeleição, me transformo num cara igual aos outros que me antecederam", afirmou.
Depois, em sua conta no Twitter, Bolsonaro afirmou que não vai aceitar que Macron faça "ataques descabidos e gratuitos à Amazônia" e acusou ele de tratar o Brasil como uma "colônia ou uma terra de ninguém". Ele também disse que outros chefes de Estado se solidarizaram com o Brasil e que "soberania de qualquer país é o mínimo que se pode esperar num mundo civilizado".
 

Grupo LVMH anuncia doação de 10 milhões para apagar incêndios

O presidente do grupo francês LVMH, Davide Marcovitch, anunciou, nesta segunda-feira (26), que o conglomerado doará 10 milhões de euros para ajudar no financiamento do combate do incêndio na Amazônia. O anúncio foi feito para o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), durante almoço oferecido nesta segunda-feira na capital paulista, pela Câmara de Comércio França-Brasil (CCFB). O grupo congrega empresas como Louis Vuitton e Espumantes Chandon.
Ao tomar a palavra, na sessão de perguntas e respostas, depois que Maia terminou seu discurso quase todo focado na questão das queimadas e nas polêmicas entre os presidentes brasileiro, Jair Bolsonaro (PSL), e o francês, Emmanuel Macron, o executivo disse a Maia que acabava de receber mensagem da matriz do grupo LMVH, da França, de que a empresa iria liberar os recursos.
 

Macron reage a ataques pessoais de Bolsonaro

O presidente da França, Emmanuel Macron, reagiu nesta segunda-feira (26) a um comentário feito no Facebook pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), que na sexta-feira (23) endossou a postagem de um internauta que zombava da primeira-dama francesa, Brigitte, 24 anos mais velha que o chefe de Estado.
Em entrevista coletiva, Macron disse que o comentário sobre Brigitte foi "triste" para os brasileiros, uma "vergonha" para as mulheres brasileiras e "extremamente desrespeitoso". Afirmou ainda que "respeita" os brasileiros e que espera que "eles tenham muito rapidamente um presidente que se comporte à altura" do cargo.
Um seguidor publicou uma montagem de fotos dos casais Macron e Bolsonaro em um post no Facebook do presidente brasileiro, com a legenda: "Agora entende por que Macron persegue Bolsonaro?". O presidente brasileiro respondeu: "Não humilha cara. Kkkkkkk".