O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) cumpriu, na tarde desta quarta-feira (19), mandados de busca e apreensão no gabinete do deputado Edu Oliveira (PDT), na Assembleia Legislativa gaúcha. A ação foi efetuada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). De acordo com as investigações do MPRS, o deputado é suspeito de manter funcionários fantasmas e solicitar diárias de viagem fraudulentas.
Além do gabinete do deputado, o Gaeco cumpriu outros oito mandados de busca e apreensão, em sete residências e em um sítio nas cidades de Porto Alegre, Eldorado do Sul, Santana do Livramento, São Leopoldo e Arroio dos Ratos.
As investigações do MP, coordenadas pelo promotor de Justiça Flávio Duarte, averiguam a prática de concussão, pela solicitação de partes dos salários dos funcionários do gabinete. Os valores das diárias e partes dos salários teriam sido revertidos para a campanha do deputado, que acabou não se reelegendo.
Também são investigados os crimes de peculato, falsidades documentais, lavagem de dinheiro e improbidade administrativa.
Nesta manhã, o procurador-geral de Justiça, Fabiano Dallazen, reuniu-se com o presidente da Assembleia Legislativa, Marlon Santos, para comunicar o cumprimento dos mandados. Segundo nota do Ministério Público, as investigações seguem em andamento.
Edu Oliveira assumiu mandato na Assembleia em dezembro de 2016,
ao substituir o ex-deputado Mário Jardel, cassado após ser acusado de quebra de decoro parlamentar por manter funcionária fantasma, pelo pagamento indevido de diárias e por contratar advogado como assessor para defesa de processos particulares.
Em abril deste ano, o deputado trocou o PSD pelo PDT.
O procurador-geral na Assembleia Legislativa, Fernando Bolzoni, informou que Assembleia cumpriu com a solicitação do MP e disponibilizou os documentos requeridos pelo órgão. Procurado pela equipe do Jornal do Comércio, o deputado Edu Oliveira ainda não retornou contato.