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Política

- Publicada em 01 de Agosto de 2018 às 01:00

Guilherme Boulos promete rever lei de licitações

O candidato do PSOL à presidência da República, Guilherme Boulos, defendeu, na tarde de ontem, uma revisão na Lei nº 8.666, que regulamenta as licitações no país. Em palestra para empresários da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), Boulos disse que o objetivo é desburocratizar as licitações e, ao mesmo tempo, criar mecanismos que evitem a prática de cartéis e fraudes nessas disputas.
O candidato do PSOL à presidência da República, Guilherme Boulos, defendeu, na tarde de ontem, uma revisão na Lei nº 8.666, que regulamenta as licitações no país. Em palestra para empresários da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), Boulos disse que o objetivo é desburocratizar as licitações e, ao mesmo tempo, criar mecanismos que evitem a prática de cartéis e fraudes nessas disputas.
O candidato, identificado com ideias de esquerda e defensor do papel do Estado como fonte de desenvolvimento econômico, deu poucos detalhes de como faria isso na prática. Disse que a ideia é que empresas menores possam contratar com o Estado com mais facilidade do que ocorre atualmente.
Ele disse acreditar que o modelo posto hoje em dia, em que as contratações são feitas pelo menor preço, acaba por beneficiar as grandes empresas, que têm economia de escala e capacidade de cobrar menos pelos serviços prestados.
Segundo Boulos, a lei atual não impediu a organização de cartéis em diversas obras públicas recentes. A fala do candidato socialista foi interpretada como um aceno à plateia formada por comerciantes do estado do Rio de Janeiro, a maior parte deles liberal na economia.
Ao propor desburocratizar a lei de licitações, Boulos estaria falando principalmente ao pequeno e médio empresário que não consegue competir com as grandes corporações quando o assunto é contratações com o poder público.
Boulos afirmou ainda que, caso eleito, irá direcionar os recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes) exclusivamente para pequenas e médias empresas. As grandes teriam que buscar crédito em bancos comerciais, já que, em suas palavras, teriam capacidade de negociar melhores juros no mercado do que empresas de menor porte.
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