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Opinião

- Publicada em 12 de Agosto de 2021 às 03:00

Tecnologia, educação e política na democracia

A pandemia da Covid-19 obrigou-nos a suspender as atividades presenciais por longos períodos e passamos a aprender a trabalhar virtualmente. Assim também o Parlamento gaúcho se reinventou: deputadas e deputados divergindo, votando, reunindo através de novos formatos de trabalho e comunicação.
A pandemia da Covid-19 obrigou-nos a suspender as atividades presenciais por longos períodos e passamos a aprender a trabalhar virtualmente. Assim também o Parlamento gaúcho se reinventou: deputadas e deputados divergindo, votando, reunindo através de novos formatos de trabalho e comunicação.
A adoção de plataforma virtual possibilitou que não faltássemos ao povo gaúcho num momento tão dramático e inseguro: viabilizou a realização das reuniões, audiências públicas e seminários na Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa, por exemplo - área já desafiadora, quanto mais na pandemia.
Conseguimos em 2020 e 2021 acolher as lutas, demandas, denúncias e mediações que se fizeram necessárias nesses embates de fechamento e abertura de escolas, de ensino híbrido, segurança e alimentação escolar, usando as ferramentas virtuais. Foram muito participativas, deram voz a todos os segmentos das comunidades escolares e exigiram diálogo dos governos.
Distâncias foram superadas, horários compatibilizados de maneira a garantir o acesso, a comunicação foi agilizada, a convocação de reuniões desde pequenos grupos a centenas de pessoas tornou-se exequível, a marcação de agendas com mais opções de horários, facilitou e potencializou nossa atuação. Nas atividades remotas tornou-se mais fácil e menos oneroso contar com a presença de parlamentares federais e intelectuais do País inteiro nos debates, como o do novo Fundeb e da Lei Aldir Blanc para a Cultura, fazendo chegar a visão da sociedade até o Congresso Nacional.
 É evidente que apareceu a dificuldade de acesso para participação das pessoas mais humildes, sem equipamentos e recursos para custear a conectividade. Também há prejuízos na condição de incidência sobre os parlamentares nas votações: a ausência física do povo nas galerias torna mais fácil a aprovação de medidas contrárias à vontade desse mesmo povo. Nada se compara às expressivas audiências públicas presenciais de 2019, às marchas e assembleias, ao Auditório Dante Barone lotado de estudantes, por exemplo, mobilizados contra as enturmações e redução de investimentos na educação!
Assim também, a informatização de todas as escolas gaúchas, além de ferramenta estratégica para a aprendizagem, pode cumprir o papel de inserção das comunidades escolares nos processos democráticos e participativos. A educação é a solução também para a democracia, e sua demanda de tecnologia é mais uma evidência de que ela precisa de investimento! 
Deputada estadual (PT)
 
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