Você já se pegou abrindo várias páginas na Internet ao mesmo tempo em que realizava um trabalho em seu notebook? Ou enviando mensagens para seus colegas enquanto assistia a uma aula on-line? Esse comportamento é chamado de multitarefa e pode ser prejudicial à sua saúde mental. Em tempos de pandemia da Covid-19, muitas atividades presenciais com as quais estávamos acostumados foram canceladas, sendo, em muitos casos, substituídas pela tecnologia, responsável pela manutenção de ações importantes para nós. No entanto, isso pode ter levado a um potencial aumento de demanda das atividades on-line, isto é, um maior tempo diante de telas como notes, smartphone, tablets, etc.
Esse aumento pode trazer prejuízos tanto físicos quanto cognitivos. Em 2020, a Sociedade Brasileira de Pediatria fixou um tempo máximo diário de exposição conforme a idade: antes de 2 anos, deve-se evitar a exposição; entre 2 e 5 anos, no máximo 1 hora/dia, sempre com supervisão de responsáveis; entre 6 e 10 anos, no máximo de 1-2 horas/dia, sempre com supervisão de pais/responsáveis; entre 11 e 18 anos, o tempo de telas e jogos de videogames deve ser no máximo de 2-3 horas/dia.
O comportamento multitarefa, comum entre os aficionados digitais, inicialmente pode representar uma maior produtividade, pois torna possível realizar duas tarefas ao mesmo tempo. Mas, na realidade, nosso cérebro só consegue fazer bem uma tarefa de cada vez. Assim, o comportamento multitarefa dificulta a formulação de conceitos devido a pouca concentração e à sobrecarga na memória, podendo também causar estresse mental diante do excesso de informação.
Conhecer o que está implicado no comportamento multitarefa nos torna mais conscientes do uso desta poderosa ferramenta que é o mundo digital. A tecnologia, em tempos de pandemia, é bem-vinda, mas, como tudo, deve ser dosada em seu tempo e equilibrada com outras tarefas, visando ao nosso bem estar.
Psicopedagoga