A taxa de desemprego na zona do euro caiu para seu nível mais baixo em mais de uma década no mês de agosto, continuando sua tendência de queda de cinco anos. As previsões foram apontadas pela agência de estatísticas da União Europeia.
Na Itália, por exemplo, o índice do desemprego baixou ao seu menor percentual em cerca de oito anos. A taxa de desemprego no bloco econômico caiu para 7,4% em agosto, atingindo seu nível mais baixo desde maio de 2008, quando a economia da zona do euro começou a sentir o impacto negativo da crise de subprime nos Estados Unidos.
Especialistas indicam que a queda em relação a uma taxa de 7,5% em julho prolongou uma tendência positiva iniciada em agosto de 2014, quando o desemprego estava em 11,5%.
Desde então, a taxa caiu continuamente ou permaneceu estável todos os meses por cinco anos. Havia 12,1 milhões de desempregados na zona do euro em agosto. Em relação a julho, o número de pessoas sem emprego na região teve queda de 115 mil.
A queda de agosto foi uma surpresa, já que a previsão de economistas consultados por agências de pesquisas indicavam que a taxa permaneceria inalterada a partir de julho. A taxa de desemprego caiu em agosto nos países onde é mais alta, num sinal de que a diferença econômica entre os membros do bloco está diminuindo, apesar de permanecer ampla.
Na Espanha, o desemprego caiu para 13,8% em agosto, ante 13,9% em julho, enquanto na Itália, como citado, recuou a 9,5%, contra 9,8%. Na Grécia, país do bloco que sofreu forte crise socioeconômica há alguns anos, e que ainda tem a taxa mais alta, o desemprego teve queda a 17% em junho, último mês para o qual existem dados disponíveis naquele país.
Para nós, no Brasil, a recuperação da atividade econômica e a consequente abertura de postos de trabalho no Velho Mundo traz uma esperança, ainda que tênue.
É uma inspiração para a economia brasileira, que entrou em seu décimo mês do ano ainda com cerca de 12,3 milhões de desempregados.
É uma situação dramática e que tem resultado na baixa arrecadação de tributos, eis que o Brasil tributa mais os bens de consumo, com menos incidência sobre a renda, algo considerado uma grande distorção por especialistas, inclusive pelo atual ministro da Economia, Paulo Guedes, que insiste na mudança, com a reforma tributária.
Que a mudança registrada na Europa traga benefícios ao nosso País. Com as reformas aqui, isso será algo bem mais próximo.