O trânsito é um dos maiores responsáveis pelas mortes no mundo. Segundo um levantamento feito pela Seguradora Líder, que administra o Dpvat no Brasil, em nove estados brasileiros, o trânsito provocou, em 2018, mais mortes do que crimes como homicídio, latrocínio e lesão corporal seguida de morte. Felizmente nosso Estado não entrou nesta triste estatística, mas estamos longe de ser exemplo.
Aceitar a violência no trânsito passou a ser normal enquanto alimentamos o equivocado sentimento de que nada irá acontecer conosco enquanto damos uma olhadinha no celular ao dirigir, ou ingerimos uma pequena dose de bebida alcoólica antes de voltar para casa ou quando ultrapassamos em local proibido porque a rodovia está vazia.
Afinal, "pequenas" infrações não farão diferença para reduzir o alarmante número de vítimas no trânsito. Certo? Errado.
Enquanto não assumirmos nossa culpa continuaremos ceifando vidas e destruindo famílias.
A mudança de comportamento de toda a sociedade, seja pedestre ou motorista, é a única forma de evitarmos acidentes e pouparmos vidas. Por que não ficamos chocados quando famílias inteiras perdem a vida no trânsito da mesma forma que ficamos quando recebemos a notícia de um crime hediondo? Por que perder vidas no trânsito virou lamentável, porém banal? São algumas perguntas que me levaram a reinstalar na Assembleia a Frente Parlamentar do Trânsito Seguro. A Frente tem como propósito a defesa da vida. Queremos envolver toda a sociedade na reflexão sobre uma nova forma de encarar a mobilidade. Trata-se de um estímulo para que todos os condutores, sejam de caminhões, ônibus, vans, automóveis, motocicletas ou bicicletas, e os pedestres optem por um trânsito seguro.
Queremos fazer uso da Frente em prol de um trânsito mais humano e seguro para todos. Se o trânsito mata, a responsabilidade é de todos nós!
Deputada estadual (PSB)