Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

- Publicada em 06 de Março de 2019 às 01:00

Uma reforma que não reforma

Ivo Loyola
Sou atuário por profissão. Esta profissão de nome estranho cuida de seguros, resseguros, previdência, capitalização, amortizações, risco e outras tarefas que envolvam a mensuração de eventos futuros e incertos. Os atuários deveriam ser os profissionais de ponta nas reformas dos diversos tipos de previdência, mas não o são. Primeiro porque há pouquíssimos atuários fazendo o papel de atuários nos regimes de Previdência social com experiência em reformas. E, depois, porque a atividade de reformar a Previdência ficou por conta de gente com muitas formações econômicas dentro do serviço público.
Sou atuário por profissão. Esta profissão de nome estranho cuida de seguros, resseguros, previdência, capitalização, amortizações, risco e outras tarefas que envolvam a mensuração de eventos futuros e incertos. Os atuários deveriam ser os profissionais de ponta nas reformas dos diversos tipos de previdência, mas não o são. Primeiro porque há pouquíssimos atuários fazendo o papel de atuários nos regimes de Previdência social com experiência em reformas. E, depois, porque a atividade de reformar a Previdência ficou por conta de gente com muitas formações econômicas dentro do serviço público.
Acho que isto ajuda os leitores a entender porque nenhuma reforma proposta desde 1993 dá certo. E aí podemos citar todas na União, nos estados, nos municípios e no Distrito Federal. Todas tinham a única preocupação de ajudar nas medidas que precisam ser tomadas para o ajuste fiscal, que nunca chega, nem se concretiza. Nesta última reforma, chamada de nova Previdência, a própria Previdência se transforma na única culpada pela situação fiscal dos diversos entes federativos. Não vamos falar de números nesta vez porque eles são nuvens, que mudam muito e muito rápido, às vezes pela mesma fonte.
Vejam só como os números são fluídos. A proposta do presidente Michel Temer (MDB), na última forma dada pelo então relator, colocava o impacto da reforma em R$ 450 bilhões de despesas que não se realizariam no futuro. A nova Previdência, que é a mesma reforma apresentada no governo anterior, fala em R$ 1,1 trilhão de economia no mesmo período. Não vamos examinar as artes que produziram estes números, pois se os atuários fossem produzir um número, o quadro seria muito diferente.
Atuário
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO