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Opinião

- Publicada em 15 de Outubro de 2018 às 01:00

Impactos do desperdício de alimentos

Criado em 1945, o Dia Mundial da Alimentação, comemorado no dia 16 de outubro, busca desenvolver uma reflexão a respeito do panorama atual da alimentação mundial. Recentemente, a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) apresentou um relatório, indicando que cerca de 1,3 bilhão de toneladas de comida foram jogadas no lixo, anualmente, causando um prejuízo global de US$ 750 bilhões. Só no Brasil, são descartadas 15 milhões de toneladas por ano.
Criado em 1945, o Dia Mundial da Alimentação, comemorado no dia 16 de outubro, busca desenvolver uma reflexão a respeito do panorama atual da alimentação mundial. Recentemente, a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) apresentou um relatório, indicando que cerca de 1,3 bilhão de toneladas de comida foram jogadas no lixo, anualmente, causando um prejuízo global de US$ 750 bilhões. Só no Brasil, são descartadas 15 milhões de toneladas por ano.
Entretanto, o desperdício não está apenas na fase final dos alimentos. Os elementos utilizados em todo processo acabam se perdendo, exigindo uma produção ainda maior e, consequentemente, perdas maiores. Segundo o relatório da FAO, 54% do desperdício ocorre na fase inicial da produção. O restante ocorre na etapa de processamento, distribuição e consumo.
No Brasil, grande parte se dá durante o manuseio e logística da produção: na colheita, o desperdício é de 10%; no transporte e armazenamento, 50%; no comércio e no varejo, 30%; e nos domicílios, 10%.
A fome é uma das consequências mais drásticas do desperdício de alimentos. Hoje, 821 milhões vivem nesta condição, sendo 5,2 milhões no Brasil. Por isso que, diante de tamanha carência, é primordial que o combate ao desperdício seja uma pauta de grande importância. No âmbito doméstico, uma possibilidade para a questão é o aproveitamento integral dos alimentos, ou seja, a utilização de todas as partes do alimento, como folhas, talos, cascas ou sementes de frutas e legumes. Uma alternativa que, além de diminuir o lixo orgânico, reduz os efeitos prejudiciais ao meio ambiente, colabora com a economia familiar e melhora o quadro nutricional das refeições.
Compreendendo a importância dessas práticas, o Programa Mesa Brasil Sesc promove ações educativas em todo o País, com as organizações sociais parceiras, levando conhecimento sobre a correta manipulação e higiene, estocagem, transporte, balanceamento nutricional de cardápios, além do uso integral dos alimentos, evitando, assim, o descarte.
Coordenadora estadual do Programa Mesa Brasil/Sesc
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