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Opinião

- Publicada em 25 de Junho de 2018 às 01:00

Privatizar a CEEE é lego de contradições

Difícil explicar e mais ainda acreditar que para ligarmos a lâmpada de nossa casa dependemos do governo chinês, ou do povo chinês, se achar melhor assim. Pasmosa, mas verdadeira a notícia. A China possui a segunda empresa em faturamento do mundo, a primeira é a Walmart. Essa empresa chinesa chama-se State Grid e vem investindo firme no setor elétrico brasileiro. Só para ter uma ideia, ela já atende, na China, a 1 bilhão de consumidores e é proprietária de 94,8% do capital da CPFL, que por sua vez, adquiriu há pouco tempo a RGE e AES Sul Energia. Ou seja, das três empresas fornecedoras de energia elétrica no Rio Grande do Sul só restou a companhia elétrica CEEE, que ainda não é deles. Se já não fosse espantoso o governo chinês comandar 2/3 da energia elétrica gaúcha, mais espanto causa saber que em breve, pelo que mostra as circunstâncias, será proprietário de 100%.
Difícil explicar e mais ainda acreditar que para ligarmos a lâmpada de nossa casa dependemos do governo chinês, ou do povo chinês, se achar melhor assim. Pasmosa, mas verdadeira a notícia. A China possui a segunda empresa em faturamento do mundo, a primeira é a Walmart. Essa empresa chinesa chama-se State Grid e vem investindo firme no setor elétrico brasileiro. Só para ter uma ideia, ela já atende, na China, a 1 bilhão de consumidores e é proprietária de 94,8% do capital da CPFL, que por sua vez, adquiriu há pouco tempo a RGE e AES Sul Energia. Ou seja, das três empresas fornecedoras de energia elétrica no Rio Grande do Sul só restou a companhia elétrica CEEE, que ainda não é deles. Se já não fosse espantoso o governo chinês comandar 2/3 da energia elétrica gaúcha, mais espanto causa saber que em breve, pelo que mostra as circunstâncias, será proprietário de 100%.
Ocorre que o governo do estado do Rio Grande do Sul, submerso num déficit orçamentário incontrolável, está viabilizando desfazer-se totalmente do controle da CEEE. Por outro lado, na contramão das grandes empresas privadas brasileiras, que também estão se desfazendo de suas participações do setor elétrico, está a State Grid, com um plano voraz de investimentos.
A CEEE foi criada em 1961, pelo então governador Leonel Brizola, numa polêmica estatização, ao tornar de utilidade pública a empresa Companhia Elétrica Rio-grandense, na época filial da Bond and Share, de capital norte-americano. Isso marcou o início de um processo de nacionalização do setor de energia elétrica brasileiro com a criação pelo governo federal da Eletrobras, consagrando a adoção da solução estatizante para o setor.
A história monta um lego de paradoxos e contradições deixando atônitos privatistas e estatizantes quando se deparam com um roteiro completo de retirada da mão privada dos capitalistas americanos e colocação na mão dos comunistas chineses. E agora?
Economista
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