Quem trabalha com marcas sabe que nada acontece da noite para o dia, como se tivéssemos o dom de produzir qualquer resultado com um passe de mágica. É um processo que, invariavelmente, exige uma história, construída com foco, persistência e coerência, o que nem sempre é possível de ser obtido no mundo da gestão pública, afetado e limitado por tantas urgências e trocas de direção. Quando se fala de marca, tudo ainda se torna mais difícil, porque dependemos da percepção das pessoas, sempre condicionada por diversos fatores e contextos.
A atual gestão do Rio Grande do Sul, eleita em 2018 com inúmeros desafios, trabalha para justamente construir uma nova marca para o nosso Estado. Não estamos escrevendo uma nova história, mas adicionando um novo capítulo com o intuito de mudar a forma como o nosso Estado é percebido.
Trabalhamos para fazer com que sejamos conhecidos não apenas pelos nossos problemas históricos, mas pelas soluções que encaminhamos no sentido de melhorar a qualidade de vida da população e a competitividade da nossa economia.
Nesse sentido, as realizações do governo até aqui - e foram muitas nesses três anos e quatro meses de gestão - não contribuíram apenas para a afirmação de uma reputação ou da imagem de um mandato, mas incidiram sobre o ambiente gaúcho, tornando-o ainda mais propício ao desenvolvimento de todas as marcas, públicas ou privadas, melhorando as condições básicas para o desenvolvimento de todas as atividades e incentivando a criatividade em todas as direções.
Muitos desses resultados foram alcançados porque tínhamos um plano claro, uma estratégia definida. Sabíamos o que queríamos alcançar, assim como também tínhamos consciência de como queríamos atingir.
São conquistas que decorreram da interação com todos os atores da nossa sociedade, de todos os Poderes, dos funcionários públicos e privados, empresários e a população em geral, para que cada um pudesse ajudar a retirar o Rio Grande do Sul do ciclo perverso onde havia se embretado nas últimas décadas.
A nova imagem, portanto, nasceu com a marca do diálogo, a partir do qual estruturamos e executamos uma agenda de impacto, transformadora e renovadora, cuja face mais visível está no compromisso com a responsabilidade fiscal, mas que não se esgota na temática das finanças públicas, porque nunca entendemos que o equilíbrio nas contas fosse um fim em si mesmo.
Ajuste fiscal deve ser o ponto de partida para melhorar a forma como as pessoas vivem. Deve ter o potencial de energizar o ambiente produtivo e melhorar a percepção externa para que novos investimentos escolham o Rio Grande do Sul como destino.
A construção de uma marca, como disse, precisa de uma história de recorrências e coerências. Nosso mandato viveu, recentemente, uma transição de governador, com a saída do governador Eduardo Leite, mas não uma mudança de governo.
Seguimos com o mesmo compromisso de sempre. Imagino que esta persistência seja capaz, portanto, de amplificar a percepção, dentro e fora do nosso Estado, sobre os ganhos positivos que tivemos com as reformas conduzidas pela nossa gestão, porque sabemos que elas se apresentam como a base segura para a retomada das capacidades mais fundamentais de qualquer setor público.
Arrisco afirmar que a solidez do nosso percurso até aqui, mais do que servir como fundamento da imagem construída perante a população, abriu espaço para atrairmos novos investimentos e promovermos investimentos próprios, com o Avançar. É importante que o setor público se apresente dessa maneira, como um elemento de propulsão, em parceria com os demais atores que trabalham pela prosperidade local.
Um Estado empreendedor compreende esse desafio e mobiliza atores com o objetivo de atingir os melhores resultados coletivos.
O Avançar, a propósito, merece um comentário especial, porque também é um símbolo importante desta marca em construção.
Se, em 2019, disséssemos que pretendíamos, além de regularizar pagamentos, injetar R$ 6,3 bilhões de investimentos em todas as áreas, poderíamos ser chamados de demagogos, de oportunistas.
As mudanças estruturais que aprovamos e as medidas administrativas que implementamos geraram o mais impactante ciclo de investimentos da história recente, redesenhando a capacidade de o setor público incidir de maneira concreta sobre a vida das pessoas.
Para além dos recursos aplicados, o Avançar também expressa uma mudança de mentalidade, fator subjetivo que incide sobre a percepção das pessoas a respeito da marca Rio Grande do Sul.
Com o Avançar, o setor público voltou a ser percebido como capaz de responder às demandas, e isso não é pouco, porque incide sobre a confiança da população no setor público e, porque não dizer, até mesmo na democracia, na medida em que impacta na relação entre o ente público e as pessoas que o sustentam.
O novo horizonte que perseguimos exige que o governo do Estado também estimule novos setores e atividades, redesenhando o nosso destino econômico em sintonia com um espírito de renovação.
É com esse compromisso que mantemos uma agenda de inovação, para dentro e para fora do governo, com a meta de sermos percebidos como referência, disputando empreendimentos da nova economia, com base digital e processos inovadores, que se acoplem de forma orgânica às nossas tradições e especialidades econômicas.
Queremos ser mais dinâmicos e ainda mais inovadores, resgatando os melhores atributos do nosso espírito empreendedor. Queremos um Rio Grande do Sul mais leve, focado, construtivo.
Como a grande revolução em curso é a de mentalidade, estamos preparando o nosso Estado para embarcar nela a partir de uma marca consolidada: aqui, trabalhamos por novas soluções, não mais sob o lamento das perdas históricas.