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DIREITO DOS ANIMAIS Notícia da edição impressa de 10 de Maio de 2022.

Cresce o abandono de animais dentro do campus da UFSM

De acordo com levantamento feito pelo Projeto Zelo, elevação tem a ver com volta do ensino presencial

De acordo com levantamento feito pelo Projeto Zelo, elevação tem a ver com volta do ensino presencial


/UFSM/DIVULGAÇÃO/CIDADES
O abandono de animais no campus sede da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) vem crescendo após o retorno do ensino presencial. No total, nove cachorros foram abandonados na instituição ao longo das três primeiras semanas de aula, iniciadas em 11 de abril, de acordo com levantamento feito pelo Projeto Zelo.
O abandono de animais no campus sede da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) vem crescendo após o retorno do ensino presencial. No total, nove cachorros foram abandonados na instituição ao longo das três primeiras semanas de aula, iniciadas em 11 de abril, de acordo com levantamento feito pelo Projeto Zelo.
O perfil dos animais é bem definido: em maioria, sem castração e de grande porte. Até o momento, os responsáveis pelos abandonos não foram identificados e os cachorros seguem soltos pelo campus, sem abrigo.
A prática não é atual. O descarte de animais no campus acontece há, ao menos, quatro décadas, segundo relato de Fabiana Stecca, coordenadora do Zelo, projeto de extensão criado em 2014 pelo gabinete do vice-reitor, com o intuito de trabalhar a conscientização para o não abandono e para a guarda responsável de animais. ''O abandono nunca parou, ele só foi se modificando. Na pandemia o problema ficou pior ainda, porque os animais abandonados chegavam aqui, quase todos, com problemas sérios de saúde. Tivemos situações de animais extremamente magros, famintos, com anemia inclusive'', expõe a coordenadora.
O principal foco do Zelo é criar eventos e palestras, tanto dentro quanto fora da UFSM, para conscientizar a população acerca da causa animal. Entretanto, devido à quantidade de animais desassistidos presentes na Universidade, o projeto passou a atuar também arrecadando fundos para tratamento, castração e alimentação dos animais, além de elaborar campanhas de adoção.
Em decorrência do número alto de animais desamparados - estima-se que mais de 90 - o Zelo tem encontrado dificuldades para conseguir lares temporários suficientes e recursos financeiros para a compra de ração e vacina, e para o custeio de tratamentos, que geralmente são caros. Fabiana Stecca esclarece que, enquanto projeto de extensão, o Zelo recebe dinheiro público somente para bolsas, pequenas necessidades de custeio e repasses destinados ao Hospital Veterinário Universitário (HVU), uma vez que os animais abandonados não possuem nenhum tipo de atendimento gratuito. Fora isso, todo capital é arrecadado por meio de doações.
 
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