A polenta é o prato regional que melhor identifique, na culinária, a herança deixada pela marcante presença do povo italiano na Serra. É justamente num dos municípios que mais preservam esse legado, Monte Belo do Sul, que a polenta ganha um festival gastronômico para exaltá-la como uma espécie de patrimônio imaterial da região. Entre os dias 21 e 22 de maio, o pequeno município promove a 11ª edição do 'Polentaço', um evento gastronômico em que os sabores mesclam-se a atrativos culturais para alimentar corpo e alma.
No coração da cidade, a Praça Padre José Ferlin, os grandes atrativos do Polentaço gravitam em torno, claro, da tradicional mistura de farinha de milho, água e sal. Dois deles são marcantes e dignos de figurarem em rankings de raras estatísticas mundiais. Um é o tombo da polenta, ou seja, o momento em que ela deixa o tacho gigante, após estar pronta, para ser colocada sobre um enorme recipiente. São 800 quilos de polenta virados na hora. Logo depois, em porções, o prato é oferecido gratuitamente com molho para os visitantes -- na última edição, em 2019, foram distribuídas mais de 4 mil delas.
Os visitantes terão dois momentos para acompanhar esse momento icônico do evento: no sábado, dia 21 de maio, às 14h45min, e no domingo, dia 22, às 14h30min. Outra curiosa atração é a Exposição de Esculturas de Polenta. Em 2019, 30 peças foram inscritas para essa que é considerada a única mostra do gênero no mundo.
O 11º Polentaço, que neste ano tem como atração simultânea a 9ª Festa do Agricultor, também é uma iniciativa para promover e valorizar a produção local. Espalhadas ao redor da principal praça da cidade, onde ainda é montado o palco para as atrações artísticas, barraquinhas comercializam vinhos, espumantes, produtos coloniais e artesanato, oferecendo um panorama das riquezas do município. Nesta edição, uma das novidades propostas pela organização do evento é a presença obrigatória de diferentes preparos a base de polenta em cada uma das barraquinhas do ramo gastronômico.