Com os piores níveis de água dos últimos seis anos do arroio Castelhano, responsável pelo abastecimento de água em Venâncio Aires, o prefeito Jarbas da Rosa assinou um decreto restringindo a utilização de água potável em todo município. Nos últimos dias, ele tem acompanhado situação de captação da água até a montante, junto a Estação de Tratamento de Água da Corsan, no acesso Grão Pará, e confirmou que mesmo com a previsão de chuva, algumas regiões da cidade, podem registrar falta de água nas torneiras.
De acordo com o gerente local da Corsan, Ilmor Dor, na barragem junto ao ponto de captação da água, o volume reduziu muito, especialmente no fim da semana passado, estando em cerca de um metro e meio. "Acima desta barragem, o arroio está ainda mais raso. É um momento crítico para todo Estado e precisamos da colaboração de todos neste momento", destaca Dorr.
No dia 28 de dezembro, o município emitiu um decreto de emergência para as áreas rurais de Venâncio Aires que já apresentavam perdas na produção e falta de água para consumos das famílias e dos animais. De lá até agora, um milhão de litros de água foram levados pelos caminhões pipa da prefeitura para abastecer centenas de propriedades venâncio-airenses. O município também disponibilizou caixas para o reservatório dessa água para famílias de baixa renda.
O decreto municipal de situação de emergência foi homologado pelo governo do Estado e agora segue para o governo federal. Com isso, o município deve poderá obter recursos federais, além de agilizar processos de compras para itens que visem amenizar os prejuízos dos munícipes com a estiagem.
Com a medida de racionamento o alerta fica estendido a todo o município, incluindo penalizações para quem for pego descumprindo as medidas. As medidas estabelecidas tem prazo de 30 dias, quando a situação volta a ser analisada e as denúncias podem ser feitas para a secretaria municipal de Meio Ambiente