O prefeito de Gravataí, Luiz Zaffalon (MDB) anunciou nesta quarta-feira (29/12) a redução do valor da passagem dos ônibus urbanos, de R$ 4,80 para R$ 3,75, a mais baixa entre todos os municípios da região Metropolitana. A nova tarifa passará a vigorar a partir da 0h do sábado, 1 de janeiro.
A mudança significa uma redução de mais de 20% no valor da passagem e ajuda a equacionar um dos grandes dilemas enfrentados pela maioria dos municípios localizados em grandes centros urbanos, referente ao transporte coletivo. O prefeito de Gravataí destacou que, ao mesmo tempo em que é anunciada uma solução, ampliando o acesso e reduzindo o custo à população, não será necessário retirar recursos de nenhuma outra área. Zaffalon ressaltou que quanto mais pessoas usarem, mais o sistema irá evoluir e, com isso, a tarifa poderá ser mantida ou até reduzida no futuro.
“A solução encontrada em Gravataí vai beneficiar não apenas os usuários do sistema de transporte com a redução da passagem e com melhorias na qualidade do serviço, mas também os empregadores, desonerando a folha e garantindo mais competitividade ao município na atração de novos investimentos e na geração de empregos. Um círculo virtuoso que estamos gerando a partir do plano anunciado”, enfatiza o prefeito.
A medida faz parte do Programa Municipal de Reestruturação e Qualificação do Sistema de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros (Procoletivo) será viabilizado por meio de recursos advindos dos royalties do petróleo, que começaram a ser pagos a Gravataí em outubro, resultado de uma ação judicial vencida pela prefeitura. Por ano, a prefeitura receberá R$ 12 milhões a mais da Agência Nacional do Petróleo (ANP), sendo R$ 3,5 milhões destinados ao custeio de ações no transporte público.
A queda do número de passageiros no transporte público municipal de Gravataí, de 2013 para cá, é de cerca de 70% - de 611 mil para 173 mil em 2021, considerando os períodos entre março e novembro de cada ano. Atualmente, cerca de 40% dos usuários na cidade (80 mil pessoas) possuem algum tipo de isenção. Com o projeto e o incremento ao sistema, custeando o valor dessas pessoas - com exceção dos idosos com mais de 65 anos, por se tratar de uma lei federal - como se elas pagassem integralmente, o sistema poderá tornar-se autossustentável.