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EVENTOS Notícia da edição impressa de 22 de Novembro de 2021.

Litoral Norte não deve ter shows musicais no Réveillon

Municípios da região, como Tramandaí, Imbé, Capão da Canoa e Torres devem focar na queima de fogos

Municípios da região, como Tramandaí, Imbé, Capão da Canoa e Torres devem focar na queima de fogos


/PREFEITURA DE IMBÉ/DIVULGAÇÃO/CIDADES
João Dienstmann
O Litoral Norte do Rio Grande do Sul costuma ser o destino de milhões de gaúchos durante o verão. E pode-se dizer que a abertura da temporada de veraneio vem com as festas de fim de ano, com a alta procura por estadias no Natal e no Réveillon. Contudo, faltando cerca de um mês para o início dessas festividades, um cenário de incerteza ainda paira sobre a realização de eventos de grande porte para celebrar a chegada de 2022.
O Litoral Norte do Rio Grande do Sul costuma ser o destino de milhões de gaúchos durante o verão. E pode-se dizer que a abertura da temporada de veraneio vem com as festas de fim de ano, com a alta procura por estadias no Natal e no Réveillon. Contudo, faltando cerca de um mês para o início dessas festividades, um cenário de incerteza ainda paira sobre a realização de eventos de grande porte para celebrar a chegada de 2022.
No fim da semana passada, os municípios de Torres, Capão da Canoa, Osório, Arroio do Sal, Cidreira e Terra de Areia assinaram uma nota conjunta para reiterar que não irão promover shows musicais durante a virada do ano, por motivo de cautela em relação ao atual cenário da pandemia. A nota diz que "a realização desses ventos aumento em muito o tempo de exposição das pessoas em evento, representando uma ameaça ao atual momento". Contudo, a queima de fogos está confirmada, por enquanto, em Torres e Capão da Canoa, cujo espetáculo pirotécnico deve ter 15 minutos. Os demais municípios não manifestaram apoio ao documento.
O secretário de Turismo de Torres, Fernando Nery, disse, no entanto, que é "impossível" evitar as aglomerações na beira da praia, porém, a ideia de não ter atrações musicais deve facilitar a dispersão das pessoas. "A programação será bem diminuta do que em anos normais. Nós tínhamos um serviço até por volta das 3h e, para a virada de 2022, vamos até 1h. Os fogos, geralmente, atraem mais as famílias, enquanto os shows mantém mais tempo as pessoas na beira da praia", argumenta.
A expectativa da prefeitura da cidade mais ao norte do litoral gaúcho é de receber até 500 mil pessoas durante o fim de semana. O show pirotécnico irá ocorrer na Praia Grande, ponto tradicional de Torres.
Outra cidade com forte presença de turistas para as festas de fim de ano é Capão da Canoa, que chegou a anunciar, inicialmente, shows com DJ's, conforme a responsável pelo departamento de Eventos da secretaria de Turismo e Desenvolvimento Econômico, Stefanne Oliveira da Silva. A cidade também espera entre 400 e 500 mil pessoas entre os feriados de Natal e Ano Novo circulando pelo município praias menores que ficam nas proximidades. "O que vemos é um fluxo bem maior do que o ano passado já nessa época do ano. O feriado da Proclamação da República teve a rede hoteleira com vagas esgotadas", conta.
Dois municípios que servem como uma porta de entrada para a região, Tramandaí e Imbé devem ter apenas espetáculos pirotécnicos. As cidades também investiram na decoração de Natal para chamar a atenção de moradores e veranistas.
A definição sobre os eventos foi feita à luz dos protocolos sanitários então vigentes no Estado sobre eventos. No fim da semana passada, o governo estadual publicou um novo decreto em que decidiu reduzir as exigências nos protocolos sanitários de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus. As atualizações nos procedimentos passam pela retirada do teto de ocupação dos locais, tanto abertos como fechados, e da previsão de multas para seu descumprimento.
Os municípios em que 90% da população adulta esteja com o esquema vacinal completo ficam autorizados a adotar alguns protocolos como recomendação e não exigência. No Litoral Norte, até a sexta-feira (19), Torres tinha 66,6% da população com as duas doses ou dose única; em Tramandaí, o percentual era de 59,8%; e em Capão da Canoa, este índice estava em 65,4%. 
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