O presidente da CGT Eletrosul, Antonio Krieger, recebeu representantes da Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul para tratar de questões relacionadas ao processo de alienação de imóveis de propriedade da companhia, nos municípios de Candiota e de São Jerônimo. Durante a reunião, na sede da empresa em Florianópolis (SC), foi iniciada a discussão sobre a possibilidade de um acordo extrajudicial para a resolução do impasse.
A Defensoria Pública iniciou, em julho, um
movimento para assegurar moradia a cerca de 1,5 mil pessoas que residem em dois bairros localizados nas imediações da Usina de Candiota, na região sul do Estado. As famílias vivem há décadas nos dois locais (Vilas Operária e Residencial), algumas delas, inclusive, há mais de 60 anos. A CGT Eletrosul, que é subsidiária da Eletrobras, afirmou que a
alienação dos imóveis residenciais de propriedade da empresa, localizados em Candiota, trata-se de uma medida "necessária para a segurança jurídica tanto da companhia como dos atuais ocupantes"
A viabilidade, a abrangência e os termos da negociação, em fase inicial, ainda serão detalhados pela empresa e pelo Defensoria, que prosseguirão com as tratativas objetivando uma solução mediada. Ainda durante o encontro com os representantes da Defensoria Pública, a CGT Eletrosul ressaltou que as ações relacionadas à regularização dos imóveis, originalmente pertencentes a antiga CGTEE, são anteriores ao processo de capitalização da Eletrobras e não possuem qualquer relação com o referido projeto.
A empresa afirmou, em comunicado, que no plano entre 2021-2025, uma das iniciativas estratégicas apresentadas no documento diretivo trata da "desmobilização de imóveis". A implementação dessa diretriz ocorre por meio de leilões de imóveis não relacionados diretamente às atividades de geração e transmissão. "Entre outros resultados, essa medida proporcionará também a redução dos custos operacionais referentes aos imóveis inservíveis", disse.