O Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) protocolou a proposta para implementar um centro regional de referência em Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Os centros fazem parte do programa TEAcolhe do governo do Estado, que busca organizar e fortalecer as redes municipais de saúde, de educação e de assistência social no atendimento ao TEA no Rio Grande do Sul.
Uma equipe multidisciplinar com médicos neuropediatras, fonoaudiólogas, psicólogas e terapeutas ocupacionais esteve reunida para construir a metodologia de trabalho, rotinas e fluxos de atendimento. Conforme o edital do Estado, devem ser atendidos nos centros regionais casos severos, graves e refratários, a partir de protocolos previamente definidos e com o uso de Práticas Baseadas em Evidências (PBE) em TEA. Os encaminhamentos serão realizados pela rede de saúde dos municípios, que deverá ser corresponsável pelo acompanhamento do usuário e sua família.
Além disso, os centros também deverão manter reuniões e estratégias de matriciamento com as redes de saúde, educação e assistência social da região, discutindo casos e realizando um atendimento compartilhado, em um trabalho interdisciplinar. Os profissionais que irão atuar precisam ter formação e especialização em TEA, com mestrado e/ou doutorado sobre o assunto e carga horária mínima de atendimento de 360h, além de comprovar cursos de qualificação e aperfeiçoamento.
A secretaria de Saúde do Estado divulgou que recebeu oito propostas para centros macrorregionais e 23 para regionais, sendo apenas o Cisvale inscrito na região 28, do Vale do Rio Pardo. Caso seja aprovado, o consórcio pretende realizar os atendimentos no Centro Regional de Especialidades Médicas (Crem), em Santa Cruz do Sul.
Para isso, será adaptada uma sala terapêutica de integração sensorial, com o que há de mais moderno na área. Conforme o cronograma no edital, o resultado preliminar deve sair no dia 8 de setembro.
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