A prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas, e o presidente da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS), Luiz Carlos Bohn, anunciaram, nesta segunda-feira (2), uma parceria para restaurar o prédio do Banco do Brasil - e da antiga secretaria de Finanças do município - localizado na esquina da praça Coronel Pedro Osório com o Largo do Mercado Central. A ideia é que o espaço seja sede da Escola de Gastronomia do Senac, com uma cafeteria e um memorial aos doces de Pelotas.
Estimulada pelo programa Iconicidades do governo do Estado, para realização de projetos representativos para as cidades, Paula pensou em incluir a edificação histórica da Praça para concorrer no edital de fomento. Entretanto, faltava um parceiro para viabilizar a obra e uma destinação relevante para o local, que também incluísse o turismo. Foi então que a Fecomércio aceitou o desafio de recuperar o prédio e ocupá-lo com uma Escola de Gastronomia do Senac.
O presidente da Fecomércio ressaltou que a conversa sobre o prédio, emblemático, segundo ele, já vinha de algum tempo, e disse estar muito feliz pelo projeto ter dado certo. "Aceitamos o desafio e vamos, sim, restaurar, junto com a Prefeitura, esse prédio histórico, tão bonito, e estabelecer a nossa Escola de Gastronomia. Fico muito feliz de fazer o anúncio dessa união que deu certo", disse Bohn.
O projeto arquitetônico para a recuperação do prédio histórico já foi apresentado, mas, independentemente de ser selecionado, o martelo já foi batido quanto à recuperação e destinação. A projeção é que o restauro fique orçado entre R$ 10 e 12 milhões. A prefeitura garantirá R$ 5 milhões e a Fecomércio aportará o restante.
Localizado no Centro Histórico de Pelotas, na esquina da praça Coronel Pedro Osório com rua 15 de Novembro (Largo do Mercado Central), o prédio foi construído entre os anos de 1926 e 1928 para sediar a 19ª agência do Banco do Brasil no país. Tempos depois, o edifício foi ocupado pela secretaria de Finanças, até 2010, quando foi fechado. Naquela época, o prédio foi cedido à Câmara de Vereadores, que chegou a fazer um projeto para restauração, mas desistiu do seu uso.
O imóvel é integrante do patrimônio cultural e também é um dos bens que recebeu indicação de Tombamento Parcial Federal, em 2018, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Como seria financeiramente inviável ao município executar a restauração completa do prédio, o plano para protegê-lo é a alienação, ou seja, passá-lo a quem terá condições de preservá-lo.