A CGT Eletrosul, que detém a área
onde estão instaladas 1,5 mil pessoas em Candiota, emitiu um comunicado nesta quarta-feira (28) sobre a situação das famílias que residem próximas da usina da cidade. Elas vivem há décadas em dois locais (Vilas Operária e Residencial), algumas delas, inclusive, há mais de 60 anos, e correm o risco de perderem as moradias.
Em nota, a empresa afirma que a alienação dos imóveis residenciais de propriedade da empresa, localizados em Candiota, trata-se de uma medida "necessária para a segurança jurídica tanto da companhia como dos atuais ocupantes". As ações relacionadas à regularização dos imóveis originalmente pertencentes a antiga CGTEE são anteriores ao processo de capitalização da Eletrobras e não possuem qualquer relação com o referido projeto.
Em reunião realizada no dia 2 de julho, na sede da CGT Eletrosul, em Florianópolis (SC), o presidente Antonio Krieger recebeu uma comitiva de representantes do município de Candiota para tratar de questões relacionadas à alienação dos imóveis de propriedade da companhia. Durante o encontro, foram acolhidas as demandas apresentadas pela comunidade. Uma equipe multidisciplinar está analisando a viabilidade das solicitações e propostas e ainda não há definição sobre o destino das famílias.
A Eletrosul relatou que mas das iniciativas estratégicas apresentadas no documento diretivo trata da "Desmobilização de Imóveis". Essa diretriz tem como objetivo viabilizar receitas oriundas de bens imóveis não relacionados diretamente às atividades de geração e transmissão, principalmente por meio de leilões, além de reduzir os custos operacionais referentes aos imóveis inservíveis ao objeto da companhia.
A Defensoria Pública do Rio Grande do Sul iniciou um levantamento, juntamente com a prefeitura de Candiota, para colher documentos e outros subsídios dos moradores dos dois bairros que possam auxiliar na comprovação da posse das residências. Essa documentação será anexada no pedido dos moradores junto à empresa de energia.