A UTI do Tacchini, em Bento Gonçalves, voltou a trabalhar dentro dos limites de capacidade. Ao todo, foram 52 dias consecutivos operando em superlotação para atender a demanda de pacientes críticos que procuraram o hospital no período. Agora, são 44 das 45 vagas de cuidado intensivo estavam sendo utilizadas, o que corresponde a uma ocupação de 97,7%.
Durante esse período, o hospital chegou a receber até 70 pacientes críticos, o que representa 155,5% da capacidade total da UTI. Para isso,
foi preciso realizar a readequação de estruturas internas, criando novos ambientes para receber e estabilizar pacientes de alta e média complexidade, até que houvesse condições de encaminhá-los a um leito regular de UTI.
A situação obrigou o hospital a decretar,
pela segunda vez no ano, o colapso no seu sistema de saúde em 2 de junho. A primeira vez que o anúncio foi feito, em 7 de março, o hospital trabalhou por 60 dias acima da capacidade da UTI Adulto. Em ambas situações o Tacchini manteve as portas do Pronto Socorro abertas para novos casos.
"Temos perseguido essa marca desde o momento em que ultrapassamos os 100% de capacidade. Ele é, na verdade, um marco que nos mostra que podemos voltar a pensar na retomada de uma rotina normal de trabalho dentro do hospital. Diminuímos o volume de trabalho das equipes e o consumo de remédios, além de retomarmos aos poucos os serviços que estavam suspensos" descreve Roberta Pozza, diretora de divisão hospitalar do Tacchini Sistema de Saúde.
Para garantir que nenhum paciente ficasse sem atendimento, várias atitudes foram tomadas pelo hospital, em conjunto com o poder público. Além da readequação de estruturas internas, a convocação de profissionais da saúde que estavam de férias e a suspensão de cirurgias eletivas foram estratégias adotadas durante o período.