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SAÚDE Notícia da edição impressa de 12 de Julho de 2021.

Vales do Paranhana e do Sinos se mobilizam por novo hospital

Grupo composto por parlamentares e entidades vai buscar o apoio em nível estadual e federal ao projeto

Grupo composto por parlamentares e entidades vai buscar o apoio em nível estadual e federal ao projeto


/PREFEITURA DE SAPIRANGA/DIVULGAÇÃO/CIDADES
João Dienstmann
Municípios do Vale do Sinos, em conjunto com os do Vale do Paranhana e da Serra começaram uma remobilização em prol do projeto de um hospital regional. A discussão, iniciada em 2014, foi cessada após lideranças regionais não conseguiram avançar na pauta, sobretudo com os governos estadual e federal. Agora, com o movimentações que partem, sobretudo, dos legislativos municipais, a intenção é criar uma frente para viabilizar a criação da instituição que, inicialmente, está prevista para ficar em um trecho da ERS-239, rodovia que liga Novo Hamburgo a Taquara e serve como conexão entre a Região Metropolitana e cidades como Gramado e Canela.
Municípios do Vale do Sinos, em conjunto com os do Vale do Paranhana e da Serra começaram uma remobilização em prol do projeto de um hospital regional. A discussão, iniciada em 2014, foi cessada após lideranças regionais não conseguiram avançar na pauta, sobretudo com os governos estadual e federal. Agora, com o movimentações que partem, sobretudo, dos legislativos municipais, a intenção é criar uma frente para viabilizar a criação da instituição que, inicialmente, está prevista para ficar em um trecho da ERS-239, rodovia que liga Novo Hamburgo a Taquara e serve como conexão entre a Região Metropolitana e cidades como Gramado e Canela.
Na quinta-feira (8), um grupo de parlamentares e entidades da sociedade civil das mais de 23 cidades convidadas para uma reunião, em Campo Bom, criou uma frente para promover a defesa da construção do hospital. A proposta partiu do presidente da Câmara de Sapiranga, Leandro Costa, que é enfermeiro. Ele afirma que conhece o dilema dos pacientes que dependem de deslocamento para hospitais de Porto Alegre e Canoas para exames, consultas e cirurgias. "Não é possível, em pleno século XXI o paciente esperar quatro anos para ser chamado para uma consulta, exame ou cirurgia. Precisamos acabar com isso", disse.
A ideia é que o futuro hospital possa atender casos de alta complexidade, como, por exemplo, oncologia e traumatologia, considerados os temas mais sensíveis para as cidades. Além disso, a intenção é que 100% dos serviços sejam custeados pelo governo federal, através do Sistema Único de Saúde (SUS). Para isso, o grupo formado na semana passada pretende fazer reuniões periódicas e trazer representantes do Estado e de Brasília para o Vale do Sinos, a fim de apresentar o atual quadro das cidades acerca dessas demandas.
O prefeito de Campo Bom e presidente da Associação dos Municípios do Vale do Rio dos Sinos (Amvars), Luciano Orsi, disse que a entidade fez um levantamento, junto à Universidade Feevale, há cerca de seis anos para saber quais seriam os principais gargalos da saúde regional. Com isso, o objetivo era tirar, naquele momento, a ideia do papel, mas não houve sucesso. Ele conta que a pandemia de coronavírus ajudou na remobilização dos municípios. "Com a Covid-19, precisamos atrasar procedimentos eletivos. Em Campo Bom, tínhamos zerado, por exemplo, a espera, mas voltamos a ter uma fila de quatro meses", conta.
Orsi entende que a criação desse hospital regional - ainda sem uma cidade-sede definida - poderia amenizar a espera dos pacientes do Vale do Sinos e do Vale do Paranhana, além de aliviar o sistema de saúde de Porto Alegre, para onde muitos deles se dirigem. "Ter um centro de referência na ERS-239 seria o ideal, pois conseguiríamos atender a essas pessoas em menor tempo", relata. O presidente da Amvars também vê como "inviável" a possibilidade de estruturação das instituições de saúde já existentes nos municípios para, em caso de não conseguir levar à frente a ideia, que possam absorver a demanda. "É um custo muito alto. Para isso, precisaríamos de repasses de valores, e isso é mais complicado. O ideal seria ter esse hospital, 100% SUS, em funcionamento para as duas regiões", complementa.
O estudo feito com a Feevale deve ser atualizado nos próximos meses. A intenção é buscar o Ministério da Saúde e a secretaria estadual da Saúde como parceiras para a estruturação do projeto e, posteriormente, busca por recursos.
 
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