Um dos desafios para quem conviveu com a Covid-19 é a retomada da respiração normal. É assim que seu Zeno Ribeiro Borges, de 73 anos, é um dos recuperados que tenta fôlego após ter contraído a no ano passado. Duas vezes por semana, ele realiza sessões de fisioterapia no Laboratório de Ergoespirometria e Cardio-Pneumologia, da Universidade de Passo Fundo (UPF), que presta, há oito meses, atendimento gratuito a pacientes que tiveram essa doença.
O laboratório já atendeu cerca de 15 pacientes pós-covid. Cada um deles ficam, no mínimo, três meses em tratamento fisioterapêutico. As sessões duram cerca de 50 minutos A recuperação não ocorre de forma rápida, já que a covid pode deixar sequelas permanentes. É um trabalho gradativo e que contribui para melhorar a qualidade de vida e a capacidade funcional dessas pessoas.
Seu Zeno, que contraiu covid-19 em julho de 2020, realiza fisioterapia há quatro meses. Ele já tinha problemas nos pulmões antes de ter a doença, mas a fibrose pulmonar pós-Covid limitou ainda mais a capacidade respiratória dele. "A falta de ar e a tosse permaneceram. Tive perda de olfato e paladar e ainda não recuperei 100%. Sinto muito pouco. A covid foi uma experiência dolorida. O ar é tudo pra gente. Qualquer alívio é bem-vindo", declara Zeno.
Os pacientes realizam atividades direcionadas para o aumento da aptidão cardiorrespiratória, melhora da força muscular de membros inferiores, treinamento muscular inspiratório, exercícios de flexibilidade muscular e educação sobre saúde. A melhora vem aos poucos e a fisioterapia ajuda muito neste processo de reabilitação. "Com certeza, a fisioterapia ajuda. Sinto que dá uma aliviada. Quando venho, noto a diferença. Favorece a minha respiração. Além disso, faço minhas 'caminhadinhas' no dia a dia. Quando não faço nada, noto que fico mais 'entrevado'. Não podemos parar, né", afirma Zeno.
O atendimento é realizado pelos acadêmicos dos anos finais do curso de Fisioterapia. Para quem ajuda e acompanha esse processo, a recuperação desses pacientes significa muito. "É gratificante ver a melhora do paciente e a importância do nosso trabalho neste momento. É triste ver a situação, mas ficamos agradecidos em poder fazer parte e ajudar. Para nós, estagiários, é uma bagagem gigantesca", garante a acadêmica, Priscilla Balotin.
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